30 de dezembro de 2014

C'est fini

As vezes eu acho que na verdade todos os homens carregam dentro de si um menino de seis anos, chorão, pidão e mimado. Também não descarto a hipótese de nós mulheres termos uma princesinha chata dentro de nós. E eu ainda luto contra a futilidade da vida, mais amo algumas delas. Pra quê, em nome do santo sudário, eu vou querer discutir uma coisa que eu já dei por finalizada? Já não diz o ditado? "Águas passadas não movem moinhos". A água que passou em baixo da ponte, foi embora, "Inês é morta", já era, c'est fini, que abrasileirado ficaria "zefini". Então, a conclusão é, gastamos a maior energia quântica, eólica e fluvial, pra colocar um ponto final numa situação, e como quem não quer nada, alguém vem, abre o baú da infelicidade, justo quando você estava quase terminando de catar seus cacos, e quer tirar toda maledetta história lá de dentro. E a história tem cheiro de mofo, tenha dó. Eu acredito em duas premissas. A primeira é aquela que diz que você não pode colar os cacos da taça de cristal baccarat e querer que ainda seja a mesma coisa, ou você aceita que ele está rachado e bebe vinagre nele desse jeito mesmo, ou você compra outra taça. sempre lembrando que o cristal baccarat é caro. Talvez deva ser por isso que as pessoas queiram remendá- los. Mas, um remendo sempre vai ser um remendo. A segunda premissa é aquela que diz que se você for esperto, não vai futucar a ferida que está cicatrizando, pois ela está numa onça e sua vara é curta. A ferida, quando está cicatrizando, já nem dói tanto, mas se você tirar a casca, ela sangra e a onça... bom, a onça tem um limite de paciência bem rígido. Então eu me pergunto novamente, ignorando que temos crianças mimadas dentro nós. As pessoas são burras? As pessoas são burras. Qualquer ser humano com qualquer nível de inteligencia, seguiria em frente. A menos que, a sua consciência esteja te agredindo verbalmente. Esse texto está ofensivo, nossa, não gosto de escrever na ofensiva, eu sei que a maioria das pessoas, na verdade não tem a menor noção da bagagem que trazem pros relacionamentos delas, mas, o fato é, ninguém que atravessa nossas esquinas tem culpa daquilo que escolhemos ser e fazer, não é justo danificar os sentimentos de alguém só por que você não sabe lidar com os seus. A vida bem pode nos impôr coisas, como eu bem sei agora, mas eu falo por mim quando digo que sempre vou me esforçar pra explicar pra quem está no meu barco o seguinte: "Não sou perfeita, tenho defeitos, já me magoaram pra caramba e as vezes tenho chulé, por que sapato de couro dá chulé sim, mesmo se ele for caro!". Enfim, faz uns bons meses que eu testei a teoria do "siga daqui por diante", essa teoria descartava o "passado inteiro", permitindo apenas uma pincelada pra quem quisesse saber algo. Eu já estava meio cansada, e não deu certo de todo jeito. As pessoas precisam saber de onde viemos, elas tem essa necessidade, até pra definirem se querem ou não se juntar a nós, e elas têm todo o direito de seguirem o caminho delas, contanto que não voltem querendo mexer no baú da infelicidade onde trancamos nossa história triste. E é nessa hora que viramos meninos e meninas. O menino fica implicando com a menina, até que ela faz o quê? Ela chora. E o mesmo acontece com o menino se a menina mexe nos carrinhos dele... com o tempo ele cansa, e também chora. Estão vendo!? É inútil! É tão fútil voltar ao passado. É tão fútil viver nele. 

27 de dezembro de 2014

Algum destino




Os olhos estavam fixos em algum lugar do futuro. Ela olhava impaciente para a porta, a porta pelo qual seu destino entraria. Sua mente passeando por lugares que ela nunca foi. E ela se rendeu sem se dobrar, aos sonhos tão bem elaborados, sem nem se quer desconfiar que o destino a tinha em outros planos. E a luz continuava entrando pela porta, o sol aquecido entrava com a leve brisa do som de mais uma manhã. Pequenos feixes de luz encharcavam seus olhos recém acordados, feixes brilhantes e coloridos enchiam o quarto de luzes multicoloridas. Era possível ver em sua estante todos os livros que ela não leu e todas as coisas que ela escreveu. E era possível vê- lo bem ali encostado na porta, sorrindo. O destino havia lhe preparado nada mais do que uma maravilha. Algo que a fazia pensar que aquela vida existia sem existir. Algo que ela nem se quer podia em mil anos mostrar totalmente em gestos ou palavras. Algo só dela, só dele.

23 de dezembro de 2014

Chupa que é da Lua! (cheia de boas intenções)

As vezes a gente tem que perder. Eu tinha terminado de vez com meu exnamorado no ano retrasado, e pra ser sincera estava doendo. Porque perder dói. Não dava mais certo. Ele até que é um cara legal. Mais a coisa toda não estava funcionando. E a gente tem que dar um braço a torcer nessas horas. Porque as vezes as coisas não funcionam, nunca funcionaram, e a gente achava que encaixava, mas estávamos cegos sufocados demais tentando fazer dar certo. E um dia, por mais que você ame, você precisa de ar. Eu não sei vocês, eu detesto qualquer coisa que me incomode. Guarde bem o que vou descrever hoje. Não se trata de uma história qualquer. Se apaixonar é algum efeito colateral que uma pessoa nos causa, e dói, senhoras e senhores, descobrir a paixão, dói. Você já viu alguém apaixonado, é feio de se ver. Ao longo desses meus 28 anos, eu posso dizer duas coisas sobre me apaixonar. A primeira inclui um pedido de namoro, rosas, e 8  meses  depois, um término complicado, uma nova tentativa de acerto e 10 meses após o segundo término, mais um ano complicado e após o terceiro término a declaração dele: "era pra você ser a minha mulher pra sempre"E me acho sensata, pelo menos pra não errar uma quarta vez com a mesma coisa. O que seria total e completa burrice. Fui viajar logo depois. Duas melhores amigas fantásticas que não foram comigo me fizerem sentir querida mesmo de longe, e o mar estava lá né, molhando meus pés. Não dá pra esquecer uma perda da noite pro dia. Não se pode trancar alguém numa caixa e fingir que o passado se apagou. As pessoas que entram em nossas vidas, nos mudam. As vezes o simples fato de estarem respirando, é importante pra nós. E deixar de ter essas pessoas em nossa vida, machuca. O engraçado é que eu não chorei. Até hoje. Não chorei por ele. "minhasegunda coisa que eu posso dizer sobre paixão é aquele silêncio que se segue da parte de alguém, por quem você se apaixonou e talvez nunca mais vá ver, ouvir ou tocar, porque ele simplesmente pode não estar apaixonado, então não vai fazer diferença ele dizer, bom dia ou boa noite. São duas verdades pra um único dia onde seus 27 se transformam em 28. Se eu tenho vergonha de publicar o texto? Muita. EU ADMITO. Se estou furiosa? Não. Eu só gostaria que ambos soubessem que nem tudo foi sempre tão fácil. E essa semana eu pensei nisso de perder, pensei muito forte. Eu não sou obrigada a gostar disso sou? Quero dizer, perder coisas e pessoas. Não preciso ficar sorrindo, certo? Eu nunca sei o que as pessoas esperam de mim e as vezes as pessoas que mais amamos, são as que nos punem porque elas acham que fizemos algo errado e porque têm medo de nos perder. Complexo não? E as vezes elas nos punem, por que na verdade estão punindo a elas mesmas.  
Talvez nós precisemos de um minuto de silêncio pra analisar a questão. 
(1minuto depois) 
Se você quer namorar, noivar feat casar com alguém, você tem que ter algumas coisas em mente. Me dá um crédito, pensei muito nisso. Não, só pra esclarecer, tenha em mente, não no coração. Na mente. Não, eu não sou especialista, graças a Deus. E não. Quando eu digo que gosto de vestidos de noivas e festas de casamento, não necessariamente quer dizer que eu espere da vida exatamente isso, e não necessariamente quer dizer que não estaria satisfeita se eu conseguisse construir uma relação forte a esse ponto. E é disso que eu quero falar. De consecução, barcos e pontes. Você sabe o que significa consecução? Vamos lá, não se acanhe, gracinha! Consecução quer dizer conquista, mas eu vou usar a palavra no significado antigo, quando ela designava o tempo em que a lua levava pra realizar uma revolução completa. Eu explico. Nada mais é do que a lua e suas fases. Quando nós conhecemos aquela pessoa, que vou chamar de "the One", a única, o nosso mundo dá uma paradinha, coisa de meio segundo, e sua mente já sabe o que seu coração meses mais tarde tentará negar com todas as forças, ou não. Quando essa coisa toda é correspondida, a lua começa a girar em torno da terra na velocidade de 27 dias 7 horas e 43 minutos. Sim, gracinhas, apaixonar- se é uma coisa muito gravitacional, ops desculpe, gradativa. E vamos lá, quem nunca? Eu já, e tu também. O medo de perder, todo mundo tem. Mas vamos ser sinceros, a Lua deixa de brilhar por que o sol está de "lua virada". Se apaixonar é humano e cabível, está para o sistema solar, assim como a lua está para o sol. É cheio de fases, as pessoas vão te estranhar, você vai se achar estranho, mas e daí? Não foi o Fernando Pessoa que disse que tudo vale a pena? Dá uma esticada na alma meu bem, e vive. Eu digo por experiência própria, que é difícil soltar os remos e deixar o barco navegar, mas concordo que pode valer a pena se o mar navegado for de águas claras. Exija clareza, seja clareza, fale o que tiver que falar, com ou sem respeito, permaneça fiel, respeite, mesmo que seja apenas respeito mesmo, e ame quando for a hora certa. Um minuto de silêncio a parte e um Feliz Natal, todos merecem. Além de um final feliz pras suas perdas e seus temores. Todos merecem, não o conto de fadas, mas a beleza de uma realidade segura, dentro do cabível. E sorriam, vocês estão sendo filmados. Tem lua hoje, por falar nisso?? E uma nota explicativa da autora, vulgo eu, terminar esses dois relacionamentos, foi saudável pra mim, logo, perder, tem suas vantagens. Pense nisso. BJus 
 

22 de dezembro de 2014

A vida que te carregue!

Eu ia dizer pra não levar as crianças se você for fazer compras. Elas são pequenininhas e não entendem o movimento que é diferente do movimento da loja de brinquedos. E o calor, é massacrante, elas choram, ficam enjoadinhas, é bom evitar. Agora, por que eu estou escrevendo sobre crianças? Talvez eu queira uma ou duas pra mim. Não tem uma hora que a vida faz um chamado e parece que você está na contramão? Pois bem. A contramão é um verdadeiro saco. A vida grita uma coisa com você e você grita outras com ela. E o que acontece? Frequentemente a vida ganha e levamos aquela pequena e significante rasteira, e não, eu não estou grávida, calma! Ainda falta um pai... o que eu considero o mais difícil de organizar. Como funciona? Você tem que estar no momento certo, a pessoa tem que estar no momento certo, os dois precisam querer estar juntos sem se matarem e enfim, isso cansa, não? Na teoria é uma porcaria, mas é assim que acontece. E, enquanto eu escrevo, tem uma mulher do meu lado (bom material), ela está gritando ao celular, sobre a raiz do cabelo dela. E, ela está esperando pelo marido. E eu acabei de pensar que, além de não levar as crianças pras compras, eu não vou falar da raiz do meu cabelo enquanto espero o homem. Jesus! Quem precisa saber que a raiz do meu cabelo me condena? Embora, eu de fato não tenha mesmo que me queixar da raiz do meu cabelo, por que meu cabelo é liso. Deixa eu retomar o foco. Eu estava falando sobre a vida nos dar uma rasteira. É possível estar tão totalmente imersa na minha própria vida e a vida me apresentar outra história, assim, de repente? As pessoas têm que estar prontas, meu Deus do céu! Eu não to pronta, ou estou? Como sabemos disso? Eu sempre tive curiosidade pra saber o que unia as pessoas dessa forma... e eu sempre achei que o final da sentença era o amor. Ou seja, é o amor que vai fazer minha mãe se deslocar da casa dela pra ir ao médico comigo, só por que eu tenho medo. Assim como é o amor que faz a outra mãe deixar seu menino na escola todos os dias, e é o amor que faz a noiva dizer sim para o noivo. Mas será? Será que o amor vai ser suficiente pra que eu deixe meus filhos em casa ao invés de leválos às compras? Será mesmo que o amor vai ser suficiente pra que eu reconheça nos olhos do homem da minha vida que eu realmente devo me casar com ele? E será mesmo, que eu vou saber quem é ele? E se ele for o homem da minha vida em outro momento? Quer mesmo saber? Tudo que eu sei é que eu não quero fazer parte de um casal chato, com crianças chatas, fazendo compras de natal, me arrastando pela cidade em pleno "quente" verão, de alguma forma eu sei que não vou conseguir finalizar esse texto, o que é raro, então, Bjus Bjus.

19 de dezembro de 2014

Então é Dezembro...

Calor, verão, vestido, cabelo preso e aquela pressa característica de Dezembro. Não sei, mas Dezembro é tudo pra mim, menos corrido. Foi o que eu pensei assim que saí da loja de ferragens onde comprei pregadores de roupa. E tem aquela coisa no ar, não sei, é um ar diferente dos outros meses, Dezembro é sempre suave, por mais corrido que seja, Dezembro sempre parece Setembro pra mim... Mas eu nem ia falar disso. Eu ia falar daquelas coisas que simplesmente acontecem inesperadamente, as vezes falta isso na vida. Falta inesperado e inconsequente, falta surpreendente e maravilhoso. E as vezes parece com o mês de Março, sem feriado. As vezes a vida fica parecendo meia estação, aquilo que a gente nunca sabe se deve levar casaco ou sair só de camiseta. Comigo acontece mais do que 15 vezes na vida. Quando envolve relacionamentos então... Alguns relacionamentos são como estações do ano, uns são frescos como a brisa do verão e quentes... outros são suaves e coloridos como a primavera, outros são secos e gélidos como o outono, e outros são demorados como o inverno. E todos nos preparam pra viver. É o que dizem. Preparar pra viver... mas preparar pra viver o quê, se a vida é o agora? "Lá na frente você vai entender", "é experiência", "alguém vai precisar do que você aprendeu com essa situação", e eu poderia enumerar diversos jargões relativos. Mas espera aí?! Cada caso é um caso e cada pessoa é uma pessoa. Nem tanto, nem tão pouco. A vida é um ciclo. E no meio desse ciclo, as vezes é bom ter Dezembro sem correria, ou Dezembro como um borrão, pra poder entender o quadro geral. E eu sei que vai soar estranhíssimo, mas as vezes é legal pôr a vida num quadro, mesmo que apenas dentro da mente, e é bom parar de frente pra esse quadro e dar uma olhada nos horários, nas escalas, nas demandas, nas coisas, nas pessoas. E é bom, acima de tudo, olhar o próprio reflexo no quadro geral, só pra ver se tudo combina com você. As vezes nós queremos nos vestir com situações que não nos cabem, como o último vestido da coleção de verão, exclusivo, que é 36, sendo que seu manequim é 38. olhando de longe nem dá pra ver a costura justíssima, mas olhando de perto, nota- se o ridículo. E as vezes a vida é como aquele vaso ornamental clássico, no meio da sala de estar rústica. Completude zero, por que as vezes temos o ideal, na hora errada. Nem sempre a nossa música preferida virá acompanhada do parceiro de dança ideal. E as vezes a vida é como o dia do nosso aniversário, cheia de presentes, cheia de sorrisos. E eu queria saber se tem alguma fórmula pra que o inesperado nunca se espere, alguém conhece a fórmula? Estão vendo, nem falei palavrão hoje, sinal de que a maré tá tranquila. Dá até pra tirar aquele cochilo depois do almoço, não dá? Enfim, Dezembro tem cheiro de Natal e está no marasmo. Alguém me salva? Brincadeira, não salva não, deixa rolar assim, pra não estressar. Vamos colocar os vasos Ming no lugar, vamos vestir nossos trajes de gala tamanho 38 e partiu fazer festa em Março, por que é Dezembro, é verão e tá tranquilo! Bjus

17 de dezembro de 2014

Acabou o Tesão

Não é de acabar com o tesão? Não me levem a mal, eu gosto de me arrumar, já sou bonita, não tem essa coisa de "vou me arrumar pra ficar bonita", isso não existe, pelo menos pra mim, e se eu passo um rímel ou um batom, não é pra agradar um homem ou uma mulher, é pra me agradar, é pela simples sensação de poder fazer isso, de poder de compra também, em resumo, não fui educada pra agradar e seduzir um homem, se fosse esse o ponto da questão. Fui bem educada, pra conviver dentro da sociedade e as duas coisas são diferentes. Enfim, A gente sabe que certos cargos exigem que algumas pessoas se comportem de algumas maneiras. Além das posturas corporativas, o asseio, fundamental, sem os exageros clichês, logicamente. Maquiagem equilibrada, não exagerar no perfume, etc. Na vida aqui fora, num passeio livre, numa festa de gala, cada um por si. Mas será? Nós ouvimos tanta coisa a nosso respeito. E as pessoas querem uma satisfação entre aquilo que pensam de nós e aquilo que realmente somos. Em primeiro lugar, você não pode esperar que alguém corresponda aquilo que você pensa dela, por que as pessoas mudam demais, ou são intensas demais e nunca vamos saber quem elas são de fato, por que as vezes, uma vida inteira não é suficiente pra saber tudo e por que a vida é curta. Sim, me dei conta que a vida é curta demais pra não ter uma futilidade injustificável. E me dei conta que a droga da vida é curta demais pra ser gasta só, e apenas, e somente, com futilidades injustificáveis. Como por exemplo, me importar com uma foto que as pessoas podem não achar tão boa, enquanto eu a adoro. Ou me preocupar com uma soma em dinheiro que não fui eu quem gastou, que não saiu da minha renda, cujo destino eu se quer maquinei, só por que alguém se sente lesado e quer pôr a culpa em alguém. A vida é muito curta pra que eu a gaste, por exemplo, com um cara que vai achar que saí de um belo conto de fadas. Acorda pra Jesus meu filho! E eu percebi que a vida é longa. Por que essa contradição? Fato. A vida é longa e se eu ficar me importando com esse tipo de coisa insignificante, por que, bom, aí sou eu que vou acordar pra Jesus mais cedo. Sabe, no lugar de você se preocupar comigo, com minha foto e com minha renda, por que você não "vai pra pulta que te pariu?" (pai, falei palavrão, mas foi necessário). Se você tem uma rotina de vida que te satisfaz, que te deixa feliz, que te preenche, eu penso que você pode ouvir a opinião de alguém, optar por se ofender, por se agradar, ou optar por expor a sua própria opinião e fazer valer. O que aborrece é que as pessoas gastam metade da vida fazendo e sendo coisas, realmente inúteis. Existem pessoas das quais não se aproveita nem o borrado do batom, nem o cecê do sovaco. E existem pessoas que marcam presença, tem sorrisos lindos, corpos esculturais e são grandes almas. Aparência não quer dizer nada. Uma mulher linda e perfeita, ou um homem lindo e perfeito, são isso por uma razão ou não. É uma tecla bem batida não é? E tem pessoas profundas que preferem lidar com pessoas rasas, pelo simples fato de que o batom e a bunda são mais interessantes pra elas, ou no caso de uma mulher, os músculos e o tamanho do... cartão de crédito . E daí? E se eu disser que quero me casar com um homem absolutamente lindo a ponto de não estar nem aí se ele tiver um cérebro oco? Pra quê um homem inteligente se ele só souber usar a arrogância? Não que este seja o meu caso, mas e daí? O ponto é: Não é de perder o tesão ter alguém questionando tudo que você faz, como se a sua vida devesse ser pública e/ou privada? Ou como se fosse sua obrigação salvar o mundo com seu sorriso angelical. Cansei. Perdi o tesão. A vida tem que ser mais do que alguém admirando minha belíssima bunda tamanho G e meu quadril M. Eu sempre achei que o mundo tinha mais pra me oferecer, não importando se estou de chinelos Havaianas, de Converse, ou de Scarpam. Eu sempre achei que as pessoas ficavam numa escala diferente da escala das minhas negociações financeiras. Sempre achei que se tivesse algo na vida, seria conquistado e não imposto, por que riqueza imposta ou pobreza imposta, também são um pé no saco, e sonhar com impossibilidades também, ou não sonhar, é um crime, crime, crime! Chama o Doutor! E por fim, é de acabar com meu tesão, as pessoas acharem que você não tem liberdade numa época como essa, ou se acharem no direito de tornarem alguém sua presa intelectual, ou física, ou sentimental. Por mais clássica que eu seja, eu acho inadmissível o pensamento pequeno da "correspondência de expectativas", isso não existe, ninguém é como ninguém, fomos criados pra sermos diversos e eu adoro ser diferente, não pelo fato da diferença, mas pelo fato das diferenças aproximarem as pessoas com seus desafios. E se alguém escolhe trocar a foto e pagar a dívida, isso a torna única e incontestável. Desaforo ou não, é assim que é, e quem optar por ser assim, vai continuar vivendo como o restante da humanidade chata de galochas, com imperfeições, problemas, manias, etcetc e etc, que nós já estamos carecas de saber, e podem voltar pra suas vidas chatas assim como eu vou voltar pra minha. Aí vai vir alguém no inbox do facebook, dizendo que exagerei na minha opinião, que fui generalista (essa palavra existe?), vai me chamar de meu amor e/ou, vai fazer alguma gracinha com a palavra tesão, e sabe o que eu vou dizer? Eu vou dizer: Em primeiro lugar eu sou o amor do papai, não o seu. Sobre o tesão, não. Não vai rolar. Eu e você, não. quanto a minha opinião, ou o fato de você se achar no direito de me contrapor, eu sugiro que você procure algo na vida e se apaixone. Também pode se apaixonar por mim, claro, estamos aí, se você for lindo e maravilhoso, moreno e sensual e se o seu sorriso arrasar meu coração, e você for inteligente como o Dr. McDreamy, conhece? Não? Procure saber. Obrigada, bjas! 

3 de dezembro de 2014

Tem coisas que nos marcam. E tem pessoas que nos marcam e que gostaríamos de trazer sempre conosco. Mas a vida dá suas voltas, voltas que não entendemos muito. E as pessoas mudam, junto com seus sentimentos e pensamentos e tudo que podemos fazer é respeitar suas escolhas, mesmo que nos doa permanecer longe, mesmo ainda gostando tanto. E tem certos gostares que são como amores que nunca se esgotam. Enfim. Estou te carregando comigo, sempre. As vezes com o olhar distante de quem deseja outra vida pra te encontrar. E as vezes te sentindo presente. Seja o que for e seja para o que tenha sido, foi uma dádiva ter você no meu caminho. Te preservo como no dia dessa fotografia. Apaixonante. Mesmo que agora seja apenas uma sombra.

30 de outubro de 2014

O Fada da Questão

Sabe qual é o fada (troque o "a" pelo "o"), de sermos nós mesmos? É que nós sabemos quem somos, mas os outros não. Se eu estou sempre sorrindo, as pessoas esperam o quê? "Poxa, eu estou triste, vou conversar com a Juliane. Ela está sempre sorrindo." Eu ouvi uma coisa assim ontem: "Você está triste, todos nós ficamos tristes! Tá todo mundo olhando pra você e esperando''. Era só mau humor, tempo muito cinza, muito fechado e muito frio, mexe com meu psicológico. Qual é o problema em não estar mais suportando o inverno? Tem pessoas que passam a vida inteira mantendo uma droga de sorriso idiota, só porque não sabem expressar a droga das suas emoções na hora do que não suportam mais alguma coisa. E passam a sua existência pensando o que poderia acontecer se tivessem dito ao menos uma vez um: "droga me deixa quieto!". As pessoas têm que ter a decência de serem verdadeiras, se não com o mundo, com elas mesmasmeu Deus do céu! É o mínimo. Acontece que ninguém sabe separar, verdade de indelicadeza, nem mau humor de grosseria. As pessoas preferem que você mantenha o sorriso idiota. Assim elas não precisam se preocupar com as próprias verdades também! E vamos todos vivendo no mundo cor de rosa que projetamos pro resto da humanidade nos achar bacanas. As pessoas dizem: "estou feliz" com uma facilidade tão grande. Mas sabe porque elas não estão? Porque elas gastam a vida pagando faturas de cartões de crédito, pagando coisas que trouxeram felicidade, mas que assim como um limite de uma conta, essas coisas também acabaram. Então elas percebem que comprar apenas, não adianta. Elas têm que possuir. Então elas procuram corpos com mesmo sorriso mecânico e possuem esses corpos por uma noite, casam- se e se separam- see a felicidade ainda fica parecendo o limite do cartão de crédito. Então há o trabalho, elas começam a se afundar no trabalho como se a felicidade fosse nada mais do que poder pagar a fatura do maldito cartão de crédito e a bendita pensão por causa do divórcio. E quer saber mesmo o pior? Ninguém nunca vai perguntar se está mesmo tudo em "riba", por que a bendita pessoa se trancou dentro dela e vive sorrindo como se a vida fosse apenas um: " trás mais um gole de whisky garçom", tão simples e vicioso quanto parece. Então, o que eu tenho a dizer, é que eu acho muito saudável ficar mau humorada, e eu sei que a humanidade não estará confortável  com isso, mas acontece que na verdade, é um direito meu estar mau humorada sem que eu tenha realmente um problema pessoal com alguém. Estar de mau humor nem sempre quer dizer que você tem um problema com alguém. Mas sorrir pra tudo... também não dá. E além do mais, imaginem, se eu escondo o mau humor, o que mais eu não escondo? Amor? Verdade? Mentira? Ódio? Tenho um pouco de medo de pessoas que parecem muito perfeitas, felizes demais. Enfim, um mau humor bem curado, inclui amigos de verdade com um gole de café e quem sabe uma piada clichê. É assim que se cura. E se você tem um problema, resolva. E se o problema for com alguém, tenha a decência de dizer pra essa pessoa. Sabe porquê?! Porque ninguém nos merece pela metade. Se não for pra ser inteiro, não seja de jeito nenhum. Faz parte da nossa humanidade ficar de mau humor umas 15 vezes na vida. O que não faz parte é ver a vida passar, a sua própria e a de quem você compartilha, como um mero expectador com um detestável sorriso idiota.  

17 de outubro de 2014

Aquela sensação.

Chovia lá fora. Ela tinha um livro nas mãos mas olhava as gotas no vidro da janela e sorria levemente. O sofá da sala, bem grande, os comportava muito bem. Ele estava deitado do outro lado do sofá e lia o jornal, página de esportes, página de economia, página de atualidades. Era chuva de verão, algumas trovoadas e o vento balançava as pequenas flores do jardim. Ela olhava o jardim e tinha aquele sorriso nos lábios. Seu marido abaixou o jornal por dois segundos e contemplou aquele vago sorriso. Ela estava perdida em algum pensamento. Ele sabia disso por que quando ela sonhava ela fechava os olhos. Ele pensou que nunca encontraria alguém pra partilhar a vida. Já tinha procurado tanto que um dia desistiu. E nesse dia ela o encontrou. E ele sabe que também foi assim pra ela. Tantos caminhos cruzados e um dia o deles se uniu. Foi numa manhã de verão. Ela estava correndo, como ele lembrava, entrou na padaria, deu bom dia, nem olhou pros lados, nem pediu café, a atendente já sabia o que ela queria, encheu o copo e então ela desviou o olhar e procurou por açúcar. Essa foi a deixa. Ele lhe passou o açúcar e ficou paralisado. Ela sorriu. E tudo ficou claro com aquela sensação de já a ter conhecido de outra vida, daquela vida, pra vida inteira, ou seja o que for. E seja lá o que for, namoram, noivaram e casaram. E ali estavam, compartilhando o sofá novo que haviam escolhido depois de muito discutir. E ela ainda sorria olhando a janela e a chuva. Ela fechou os olhos e se deliciou com a curiosidade do marido que a olhava. Ele não desconfiava que em breve suas vidas mudariam. Ela voltou o rosto pra ele e sorriu como da primeira vez. E compartilharam aquela mesma sensação de vida toda. Ela largou o livro e se aninhou em seu marido, ele colocou o jornal de lado.

- O quê você tanto sorria pra janela? Com o quê estava sonhando, hein?!
- Sabe querido, aquela sensação que preenche a gente, quando a gente sabe que as vezes fomos muito recompensados pela vida?
Ele a abraçou mais forte.
- E sei.
-Então, sabe aquele balanço que planejamos colocar no jardim?
Ele a olhou surpreso, o coração disparou. Não teve palavras. Ficou paralisado como da primeira vez em que ela lhe sorriu.
- Querido, respire.- Ele soltou o ar, com os olhos marejados.
- Mesmo com chuva, olha ali o jardim, acho que o balanço ficaria ótimo ali. Assim nosso filho vai crescer e vamos poder olhar ele do nosso canto preferido da casa.
Com o coração ainda remexido, e aquela sensação de vida completa, foi a vez dele fechar os olhos e sonhar. Colocou a mão na barriga da esposa, fechou os olhos e ficaram ali, compartilhando a vida que escolheram.

Moral da história? A vida é uma constante escolha, e uma constante construção. Não importa de onde, como ou por quê, nunca deixe de amar e de sonhar. Se dê a chance, dê a chance, caminhe mais uma milha. Eu ouvi uma pessoa dizer o seguinte: O mal sem causa, não tem efeito. E o bem empenhado sempre nos retorna. Deixe o seu coração livre para esse tipo de sensação.

29 de setembro de 2014

Quando o choro termina?

Bom dia! O choro pode durar uma, duas, três noites, semanas e até anos. Mas tudo sempre acaba bem para aqueles que mantém sua fé e seus olhos na esperança. E o amor. O amor é o fim de tudo. Podemos ter lembranças tristes e passados difíceis, mas é o amor que apaga as coisas ruins. Primeira carta de Paulo aos coríntios, no capítulo treze, fala de amor. Paulo diz que poderia entregar seu corpo pra ser queimado por alguém, mas que sem amor, ele seria apenas como um sino que tine. Seria apenas alguém fazendo barulho por nada. Ele também disse que o amor não é egoísta, não é leviano, não busca interesse próprio, o amor não é vaidoso, o amor não se conduz de maneira inconveniente, é sofredor, diz que ele tudo suporta, que tudo crê e tudo espera. É esse tipo de amor que apaga as falhas de quem amamos, de quem nos ataca, de quem nos despreza. É com isso que quero conviver quando me perguntarem que escolhas e sacrifícios eu fiz na minha vida. Por mais difícil que seja um perdão. Eu quero dizer: eu perdoei. Por mais difícil que seja uma situação, eu quero dizer: eu fui até o fim. Por pior que tenha sido minha estrada, eu quero poder dizer: eu acabei a carreira e guardei a fé. Por mais difícil que seja minha família eu quero dizer: eu nunca desisti dela. O amor vai fazer com que um dia eu diga ao meu marido: obrigada por querer compartilhar sua vida comigo. E quando tivermos filhos, eu direi pra eles: vocês são bênçãos e presentes do céu. E sabe, as vezes Deus coloca anjos em nossas vidas. Eu tenho alguns, e dos bons. A noite pode ser longa. Mas no final, olhe lá o final... se fazemos a escolha certa. Tudo acaba bem. Por isso o amor anda na contramão do mundo. Aqueles que amam, são taxados de tantas coisas boas ou pejorativas. Mas no fim das contas, são apenas pessoas comuns, falhas, imperfeitas, com problemas, com vidas próprias, etc, tentando acertar com o mundo o que um dia o mundo errou com elas. Por muito tempo eu fiz uma pergunta a Deus: "porquê na minha vez?". Até que um dia eu entendi que não era uma pergunta que eu deveria fazer. Eu percebi que quanto mais as coisas ficavam difíceis, mais eu encontrava meu sentido. Loucura? Eu posso explicar. Tem pessoas que nasceram pra serem pianistas, e são excelentes. Tem pessoas que nasceram pra serem marceneiros, e são excelentes. E tem pessoas que nasceram pra entender as outras e poder lhes dizer que não importa o motivo do choro, a alegria vem pela manhã. E essas pessoas não tem apego nenhum, a não ser pelas coisas que elas sabem que são duradouras. E não vieram ao mundo pra fazer alarde. Não subirão em palcos, não serão exatamente populares. Mas vão plantar pequenas sementes e vão mudar a vida de alguém. As vezes, sem nem perceber. O que mais eu posso dizer? Eu aprendi que no final, eu era muito abençoada e tudo que pude fazer, ao invés de perguntar, era tratar de agradecer. Conclusão? Ame. Esqueça as convenções, o amor não classifica. Tenha uma história pra contar, um coração pra bater e porque não, uma noite pra chorar. A alegria sempre aparece. Seja como for. Se doer muito, alguma perda, algum trauma, algum problema, uma doença, antes de molhar seu travesseiro com suas lágrimas, molhe o rosto de Deus com uma prece. Aperte bem o cinto, e siga em frente.