4 de junho de 2017

Semana do Amor - 5 Cartas de Amor, em 5 dias - Cartas Portuguesas, Soror Mariana Alcoforado 3 de 5



TERCEIRA CARTA

Fonte: http://arlindo-correia.com/101205.html


Que há-de ser de mim? Que queres tu que eu faça? Estou tão longe de tudo quanto imaginei! Esperava que me escrevesses de toda a parte por onde passasses e que as tuas cartas fossem longas; que alimentasses a minha paixão com a esperança de voltar a ver-te; que uma inteira confiança na tua fidelidade me desse algum sossego, e ficasse, apesar de tudo, num estado suportável, sem excessivo sofrimento. Tinha até formado uns vagos projectos de fazer todos os esforços que pudesse para me curar, se tivesse a certeza de me haveres esquecido por completo. A tua ausência, alguns impulsos de devoção, o receio de arruinar inteiramente o que me resta de saúde com tanta vigília e tanta aflição, as poucas possibilidades do teu regresso, a frieza dos teus sentimentos e da tua despedida, a tua partida justificada com falsos pretextos, e tantas outras razões, tão boas como inúteis, prometiam ser-me ajuda suficiente, se viesse a precisar dela. Não sendo, afinal, senão eu própria o meu inimigo, não podia suspeitar de toda a minha fraqueza, nem prever todo o sofrimento de agora.

Ai, como sou digna de piedade por não partilhar contigo as minhas mágoas, e ser só minha a desventura! Esta ideia mata-me, e morro de terror ao) pensar que nunca te houvesses entregado completamente aos nossos prazeres. Sim, reconheço agora a falsidade do teu arrebatamento. Enganaste-me sempre que falaste do encantamento que sentias quando eslavas a sós comigo. Unicamente à minha insistência devo os teus cuidados e a tua ternura. Intentaste desvairar-me a sangue-frio; nunca olhaste a minha paixão senão como um troféu, o teu coração não foi verdadeiramente atingido por ela. Serás tão infeliz, e terás tão pouca delicadeza, que só para isso te servisse o meu ardor? E como é possível que, com tanto amor, não te houvesse feito inteiramente feliz? Tenho pena, por amor de ti apenas, dos infinitos prazeres que perdeste. Será possível que não te tenham interessado? Ah, se os conhecesses, perceberias, sem dúvida, que são mais delicados do que o de me haveres seduzido, e terias compreendido que é bem mais comovente, e bem melhor, amar violentamente que ser amado.

Não sei o que sou, nem o que faço, nem o que quero; estou despedaçada por mil sentimentos contrários. Pode imaginar-se estado mais deplorável? Amo-te de tal maneira que nem ouso sequer desejar que venhas a ser perturbado por igual arrebatamento. Matar-me-ia ou, se o não fizesse, morreria desesperada, se viesse a ter a certeza que nunca mais tinhas descanso, que tudo te era odioso, e a tua vida não era mais que perturbação, desespero e pranto. Se não consigo já suportar o meu próprio mal, como poderia ainda com o teu, a que sou mil vezes mais sensível? Contudo, não me resolvo a desejar que não penses em mim; e confesso ter ciúmes terríveis de tudo o que em França te dá gosto e alegria, e impressiona o teu coração.

Não sei porque te escrevo: terás, quando muito, piedade de mim, e eu não quero a tua piedade. Contra mim própria me indigno, quando penso em tudo o que te sacrifiquei: perdi a reputação, expus-me à cólera de minha família, expus-me à cólera de minha família, a severidade das leis deste país para com as freiras, e à tua ingratidão, que me parece o maior de todos os males. Apesar disso, creio que os meus remorsos não são verdadeiros; do fundo do meu coração queria ter corrido ainda perigos maiores pelo teu amor, e sinto um prazer fatal por ter arriscado a vida e a honra por ti. Não deveria oferecer-te o que tenho de mais precioso? E não devo sentir-me satisfeita por ter feito o que fiz? O que me não satisfaz, pelo menos assim me parece, é o sofrimento e o desvario deste amor, embora não possa, pobre de mim!, iludir-me a ponto de estar contente contigo. Vivo - que infidelidade! - e faço tanto por conservar a vida como por perdê-la! Morro de vergonha! Então o meu desespero está só nas minhas cartas? Se te amasse tanto como já mil vezes te disse, não teria morrido há muito tempo? Enganei-te, és tu que deves queixar-te de mim. Ah, porque não te queixas? Vi-te partir, não tenho esperança de te ver regressar e no entanto respiro. Atraiçoei-te; peço-te perdão. Mas não, não me perdoes! Trata—me com dureza. Que a violência dos meus sentimentos te não baste! Sê mais exigente!

Ordena-me que morra de amor por ti! Suplico-te que me ajudes a vencer a fraqueza própria de uma mulher, e que toda a minha indecisão acabe em puro desespero. Um fim trágico obrigar-te-ia, sem dúvida, a pensar mais em mim; talvez fosses sensível a uma morte extraordinária, e a minha memória seria amada. Não é isso preferível ao estado a que me reduziste?

Adeus. Era melhor nunca te ter visto. Ah, sinto até ao fundo a mentira deste pensamento e reconheço, no momento em que escrevo, que prefiro ser desgraçada amando-te do que nunca te haver conhecido. Aceito, assim, sem uma queixa, a minha má fortuna, pois não a quiseste tornar melhor. Adeus: promete-me que terás saudades minhas se vier a morrer de tristeza; e oxalá o desvario desta paixão consiga afastar-te de tudo. Tal consolação me bastará, e se é forçoso abandonar-te para sempre, queria ao menos não te deixar a nenhuma outra. E serias tão cruel que te servisses do meu desespero para te tornares mais sedutor, e te gabares de ter despertado a maior paixão do mundo? Adeus, mais urna vez. Escrevo-te cartas tão longas! Não tenho cuidado contigo! Peço-te que me perdoes, e espero que terás ainda alguma indulgência com uma pobre insensata, que o não era, como sabes, antes de te amar. Adeus; parece-me que te falo de mais do estado insuportável em que me encontro; mas agradeço-te, com toda a minha alma, o desespero que me causas, e odeio a tranquilidade em que vivi antes de te conhecer Adeus. O meu amor aumenta a cada momento. Ah, quanto me fica ainda por dizer..

3 de junho de 2017

Semana do Amor - 5 Cartas de Amor, em 5 dias - Cartas Portuguesas, Soror Mariana Alcoforado 2 de 5



SEGUNDA CARTA

Fonte: http://arlindo-correia.com/101205.html

Creio que faço ao meu coração a maior das afrontas aos procurar dar-te conta, por escrito, dos meus sentimentos. Seria tão feliz se os pudesse avaliar pela violência dos teus! Mas não posso confiar em ti, nem posso deixar de te dizer, embora sem a força com que o sinto, que não devias maltratar-me assim, com um esquecimento que me desvaira e chega a ser uma vergonha para ti. É justo que suportes, ao menos, as queixas de desgraças que previ ao ver-te decidido a deixar-me. Reconheço que me enganei, ao pensar que procederias com mais lealdade dos que é costume: o excessos do meu amor parece que devia pôr-me acima de quaisquer suspeitas e merecer uma fidelidade que não é vulgar encontrar-se. Mas a tua disposição para me atraiçoar triunfou, afinal, sobre a justiça que devias a tudo quanto fiz por ti. Não deixaria de ser infeliz se soubesse que só ao meu amor ganharas amor, pois tudo quisera dever unicamente à tua inclinação por mim; mas estou tão longe de tal estado que já lá vão seis meses sem receber uma única carta tua. Só à cegueira com que me abandonei a ti posso atribuir tanta desgraça: não tinha obrigação de prever que as minhas alegrias acabariam antes do meu amor? Como poderia esperar que ficasses para sempre em Portugal, renunciasses à tua carreira e ao teu país para não pensares senão em mim? Nenhum alívio há para o meu mal, e se me lembro das minhas alegrias maior é ainda o meu desespero. Terá sido então inútil todo o meu desejo, e não voltarei a ver-te no meu quarto com o ardor e arrebatamento que me mostravas?Ai, que ilusão a minha! Demasiado sei eu que todas as emoções, que em mim se apoderavam da cabeça e do coração, eram em ti despertadas unicamente por certos prazeres e, comos eles, depressa se extinguiam. Precisava, nesses deliciosos instantes, chamar a razão em meu auxílio para moderar o funesto excesso da minha felicidade e me levar a pressentir tudo quanto sofro presentemente. Mas de tal modo me entregava a ti, que era impossível pensar no que pudesse vir envenenar a minha alegria e impedir de me abandonar inteiramente às provas ardentes da tua paixão. Ao teu lado era demasiado feliz para poder imaginar que um dia te encontrarias longe de mim. E, contudo, lembro-me de te haver dito algumas vezes que farias de mim uma desgraçada; mas tais temores depressa se desvaneciam, e com alegria tos sacrificava para me entregar ao encanto, e à falsidade!, dos teus juramentos. Sei bem qual é o remédio para o meu mal, e depressa me livraria dele se deixasse de te amar. Ai, mas que remédio... Não; prefiro sofrer ainda mais do que esquecer-te. E depende isso de mim? Não posso censurar-me ter desejado um só instante deixar de te querer. És tu mais digno de piedade do que eu, pois vale mais sofrer corno sofro do que ter os fáceis prazeres que te hão-de dar em França as tuas amantes. Em nada invejo a tua indiferença: fazes-me pena. Desafio-te a que me esqueças completamente. Orgulho-me de te haver posto em estado de já não teres, sem mim, senão prazeres imperfeitos; e sou mais feliz que tu, porque tenho mais em que me ocupar.

Nomearam-me há pouco tempo porteira deste convento. Todos os que falam comigo crêem que estou doida, não sei que lhes respondo, e é preciso que as freiras sejam tão insensatas como eu para me julgarem capaz seja do que for. Ah, como eu invejo a sorte do Manuel e do Francisco! Porque não estou eu sempre ao pé de ti, como eles? Teria ido contigo e servir-te-ia certamente com mais dedicação.

Nada desejo no mundo senão ver-te. Lembra-te ao menos de mim. Bastar-me-ia que me lembrasses, mas eu nem disso tenho a certeza. Quando te via todos os dias não cingia as minhas esperanças à tua lembrança mas tens-me ensinado a submeter-me a tudo quanto te apetece.

Apesar disso, não estou arrependida de te haver adorado. Ainda bem que me seduziste. A crueldade da tua ausência, talvez eterna, em nada diminuiu a exaltação do meu amor Quero que toda a gente o saiba, não faço disso nenhum segredo; estou encantada por ter feito tudo quanto fiz por ti, contra toda a espécie de conveniências. E já que comecei, a minha honra e a minha religião hão-de consistir só em amar-te perdidamente toda a vida.

Não te digo estas coisas para te obrigar a escrever-me. Ah, nada faças contrafeito! De ti só quero o que te vier do coração, e recuso todas as provas de amor que tu próprio te possas dispensar. Com prazer te desculparei, se te for agradável não te dares ao trabalho de me escrever; sinto uma profunda disposição para te perdoar seja o que for.

Um oficial francês, caridosamente, falou-me de ti esta manhã durante mais de três horas. Disse-me que em França fora feita a paz. Se assim é, não poderias vir ver-me e levar-me para França contigo? Mas não o mereço. Faz o que quiseres: o meu amor já não depende da maneira como tu me tratares.

Desde que partiste nunca mais tive saúde, e todo o meu prazer consiste em repetir o teu nome mil vezes ao dia. Algumas freiras, que conhecem o estado deplorável a que me reduziste, falam-me de ti com frequência. Saio o menos possível deste quarto onde vieste tanta vez, e passo o tempo a olhar o teu retrato, que amo mil vezes mais que à minha vida. Sinto prazer em olhá-lo, mas também me faz sofrer, sobretudo quando penso que talvez nunca mais te veja. Por que fatalidade não hei-de voltar a ver-te? Ter-me-ás deixado para sempre? Estou desesperada, a tua pobre Mariana já não pode mais: desfalece ao terminar esta carta. Adeus, adeus, tem pena de mim!

2 de junho de 2017

Semana do Amor - 5 Cartas de Amor, em 5 dias - Cartas Portuguesas, Soror Mariana Alcoforado 1 de 5


PRIMEIRA CARTA

fonte: http://arlindo-correia.com/101205.html

Considera, meu amor, a que ponto chegou a tua imprevidência. Desgraçado!, foste enganado e enganaste-me com falsas esperanças. Uma paixão de que esperaste tanto prazer não é agora mais que desespero mortal, só comparável à crueldade da ausência que o causa. Há-de então este afastamento, para o qual a minha dor, por mais subtil que seja, não encontrou nome bastante lamentável, privar-me para sempre de me debruçar nuns olhos onde já vi tanto amor, que despertavam em mim emoções que me enchiam de alegria, que bastavam para meu contentamento e valiam, enfim, tudo quanto há? Ai!, os meus estão privados da única luz que os alumiava, só lágrimas lhes restam, e chorar é o único uso que faço deles, desde que soube que te havias decidido a um afastamento tão insuportável que me matará em pouco tempo.

Parece-me, no entanto, que até ao sofrimento, de que és a única causa, já vou tendo afeição. Mal te vi a minha vida foi tua, e chego a ter prazer em sacrificar-ta. Mil vezes ao dia os meus suspiros vão ao teu encontro, procuram-te por toda a parte e, em troca de tanto desassossego, só me trazem sinais da minha má fortuna, que cruelmente não me consente qualquer engano e me diz a todo o momento: Cessa, pobre Mariana, cessa de te mortificar em vão, e de procurar um amante que não voltarás a ver, que atravessou mares para te fugir, que está em França rodeado de prazeres, que não pensa um só instante nas tuas mágoas, que dispensa todo este arrebatamento e nem sequer sabe agradecer-to. Mas não, não me resolvo, a pensar tão mal de ti e estou por demais empenhada em te justificar. Nem quero imaginar que me esqueceste. Não sou já bem desgraçada sem o tormento de falsas suspeitas? E porque hei-de eu procurar esquecer todo o desvelo com que me manifestavas o teu amor? Tão deslumbrada fiquei com os teus cuidados, que bem ingrata seria se não te quisesse com desvario igual ao que me levava a minha paixão, quando me davas provas da tua.

Como é possível que a lembrança de momentos tão belos se tenha tornado tão cruel? E que, contra a sua natureza, sirva agora só para me torturar o coração? Ai!, a tua última carta reduziu-o a um estado bem singular: bateu de tal forma que parecia querer fugir-me para te ir procurar. Fiquei tão prostrada de comoção que durante mais de três horas todos os meus sentidos me abandonaram: recusava uma vida que tenho de perder por ti, já que para ti a não posso guardar. Enfim, voltei, contra vontade, a ver a luz: agradava-me sentir que morria de amor, e, além do mais, era um alívio não voltar a ser posta em frente do meu coração despedaçado pela dor da tua ausência.

Depois deste acidente tenho padecido muito, mas como poderei deixar de sofrer enquanto não te vir? Suporto contudo o meu mal sem me queixar, porque me vem de ti. É então isto que me dás em troca de tanto amor? Mas não importa, estou resolvida a adorar-te toda a vida e a não ver seja quem for, e asseguro-te que seria melhor para ti não amares mais ninguém. Poderias contentar te com uma paixão menos ardente que a minha? Talvez encontrasses mais beleza (houve um tempo, no entanto, em que me dizias que eu era muito bonita), mas não encontrarias nunca tanto amor, e tudo o mais não é nada.

Não enchas as tuas cartas de coisas inúteis, nem me voltes a pedir que me lembre de ti. Eu não te posso esquecer, e não esqueço também a esperança que me deste de vires passar algum tempo comigo. Ai!, porque não queres passar a vida inteira ao pé de mim? Se me fosse possível sair deste malfadado convento, não esperaria em Portugal pelo cumprimento da tua promessa: iria eu, sem guardar nenhuma conveniência, procurar-te, e seguir te, e amar-te em toda a parte. Não me atrevo a acreditar que isso possa acontecer; tal esperança por certo me daria algum consolo, mas não quero alimentá-la, pois só à minha dor me devo entregar. Porém, quando meu irmão me permitiu que te escrevesse, confesso que surpreendi em mim um alvoroço de alegria, que suspendeu por momentos o desespero em que vivo. Suplico-te que me digas porque teimaste em me desvairar assim, sabendo, como sabias, que terminavas por me abandonar? Porque te empenhaste tanto em me desgraçar? Porque não me deixaste em sossego no meu convento? Em que é que te ofendi? Mas perdoa-me; não te culpo de nada. Não me encontro em estado de pensar em vingança, e acuso somente o rigor do meu destino. Ao separar-nos, julgo que nos fez o mais temível dos males, embora não possa afastar o meu coração do teu; o amor, bem mais forte, uniu-os para toda a vida. E tu, se tens algum interesse por mim, escreve-me amiúde. Bem mereço o cuidado de me falares do teu coração e da tua vida; e sobretudo vem ver-me.

Adeus. Não posso separar-me deste papel que irá ter às tuas mãos. Quem me dera a mesma sorte! Ai, que loucura a minha! Sei bem que isso não é possível! Adeus; não posso mais. Adeus. Ama-me sempre, e faz-me sofrer mais ainda.


1 de junho de 2017

Série: Perguntas e Respostas Retiradas do Yahoo- "O jeito que as mulheres se vestem pode demonstrar um pouco do caráter delas?"

Aaaaaaaaaah é o último texto da Série Yahoo, poxa vida!!! Mas não fica triste, um dia a Série volta!!!


"O jeito que as mulheres se vestem pode demonstrar um pouco do caráter delas?"

Então, amigos e amigas, o caráter, eu vou explicar pra vocês o que é, ok? Pra ninguém confundir com "jeito de vestir". Porque são coisas diferentes.

Caráter
substantivo masculino
1.sinal (letra, número, sinal de pontuação etc.) ou figura us. na escrita.
2.gráf forma gráfica de cada um dos símbolos ou sinais utilizados na escrita.
3.gráf m.q. TIPO ('bloco', 'letra').
4.bio aspecto morfológico ou fisiológico utilizado para distinguir indivíduos em uma espécie ou espécies entre si.
5.qualidade peculiar; especificidade, cunho.
"peça musical de c. impressionista"
6.conjunto de traços psicológicos e/ou morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo.
"eram pessoas de c. agressivo"
7.p.ext. feitio moral.
"homem de c. nobre"
8.p.ext. qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; temperamento, índole.
9.p.ext. firmeza moral, coerência nos atos; honestidade.
"político de c."
10.rel sinal espiritual, indelével, impresso na alma pelos sacramentos do batismo, crisma e ordem.

Fonte: Google.


Ora Vejam só, não é verdade? Não tem nada que relacione caráter com "jeito de vestir". E isso está correto, porque o jeito de se vestir, tem a ver com a moda e ou com o gosto "pessoal da pessoa". E a moda e ou o gosto pessoal, de certa pessoa, não interferem no caráter dela. Ela pode andar de canga e ser uma pessoa cheia de caráter, ela pode andar de bata, de mini saia, de corpete, de burca, que isso não terá absolutamente nada a ver com o caráter e a moral dela! Morou!? 

"O jeito que as mulheres se vestem pode demonstrar um pouco do caráter delas?"

Não. O jeito de vestir não demonstra o caráter de ninguém, só demonstra se ela é brega ou fashion. 

Bjus e até mais!!  

Editorial Serena-West - Junho

Olááaaah!



Esse mês, continuaremos com as rapidinhas do dia sobre moda, receitas, maquiagem, livros, filmes e um monte de notícias que saem no Instagram. Teremos os nossos textos diários, dessa vez numa pegada filosofal mais intensa, aguardem! Teremos um texto especial no dia dos namorados, e olha, você vai curtir cada momento, tá bom? Eu estou pessoalmente comprometida com isso! Então vem, curte a página no Facebook, e curte o blog!


31 de maio de 2017

Amor por inteiro

Amar alguém é uma tarefa que exige muita coragem. Se você pretende fazê-lo faça por inteiro. Ninguém quer seus pedaços, nem você mesmo. Doe o que é inteiro. Seja inteiramente de alguém. A saudade é fruto do que vai se esquecer, o apego é o fruto que você colheu. Ame por inteiro. Não aceite alguém pela metade. Se esse alguém não quiser repartir, é por que nunca lhe pertenceu. Existem duas dores relativas ao amor, a dor da antecipação, que é a dor das inseguranças, do não saber se é amado, e a dor da perda. As duas exigem coragem. Se o amor bater na sua porta pedindo um abrigo, não lhe negue (se) também uma xícara de café. Se ele te amar vai correr atrás de você. Se ela te amar vai atender sua ligação. Diga ao homem dos seus sonhos que ele tem um sorriso lindo, que admira o quanto ele é inteligente, que o ama por que ele é um bom homem. Diga a mulher da sua vida que ela emagreceu, repare no cabelo dela, diga que ela está cheirosa. JTem coisas pequenas que fazem com que nós nos arrependamos uma vida inteira. Viva sem arrependimentos. Não (nunca, jamais) esfregue sua felicidade na face dos outros. Existem duas coisas sobre a felicidade no amor, a primeira delas é ser o primeiro a calar, a segunda é saber quando dizer. Palavras podem magoar e causar separações. Ninguém é obrigado a lidar com seus problemas, se alguém o fizer, case- se com essa pessoa. Se alguém apenas te enxergar como um conto de fadas, não é amor, é só uma coisa legal. Se alguém enxergar somente seus defeitos, não é amor, é só um sonho ruim (pronto, já passou). Amor é quando apenas te enxergam por inteiro. Não tem mistério. Amar alguém é uma tarefa de muita coragem. Coragem é o medo revestido, não é feio ter coragem, arriscar mandar flores praquela garota que você achou linda, sorrir pro cara que você está paquerando, mandar uma mensagem pro cara de sorriso "para o trânsito", ter coragem de se declarar pra sua melhor amiga. Quero acreditar que escrevo pra homens e mulheres que tem um sonho. Que desejam ser o sonho de alguém. Que ainda desejam andar pelo corredor de uma igreja e ver no altar alguém esperando. Ou ao contrário, querem estar no altar e ver alguém indo ao seu encontro. Por isso, não chore se ainda não encontrou o velho clichê chamado verdadeiro amor, ele existe e está em algum lugar. As vezes, admirando a noite estrelada, assim como você, tecendo uma pequena prece interior, fazendo pedidos pra estrelas cadentes. E quando o amor chegar , tudo será exatamente igual você sonhou, só que nunca percebeu.

Série: Perguntas e Respostas Retiradas do Yahoo - "E...existe o "Tudo perfeito?"



"E...existe o "Tudo perfeito?" 

"Tudo que é perfeito a gente pega pelo braço joga lá no meio..." 

"Não amigaaaaa, não deixa!!!!" 

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A seguir uma imagem de Salvador Dalí, pra tirarmos essa cena de "joga lá no meio" da nossa cabeça, "porque depois de nove meses... você vê o resultado". 

"Não se preocupe com a perfeição - você nunca irá consegui-la. Salvador Dalí."



Salvador Dalí, foi um pintor surrealista, e eu achei que essa frase dele, sobre a perfeição, casa perfeitamente, com o surrealismo. Porque o surrealismo, de certa forma, contradiz essa coisa toda perfeita, porque o surrelaismo, é o inimaginável, incabível, dentro do tempo, isso na minha cabeça ingênua, eu tentando traduzir, depois de estudar um pouco, fazer o 2º graus, a gente descobre que estava certo.

"Surrealismo foi um movimento artístico e literário de origem francesa, caracterizado pela expressão do pensamento de maneira espontânea e automática, regrada apenas pelos impulsos do subconsciente, desprezando a lógica e renegando os padrões estabelecidos de ordem moral e social.

O surrealismo tinha como objetivo ultrapassar os limites à imaginação que tinham sido criados pelo pensamento burguês e sua tradição lógica e pelas ideias artísticas que estavam em vigor desde o Renascimento."

Fonte: https://www.significados.com.br/surrealismo/

A França, berço do bons costumes, muito regrada, bem do lado do Big Bang, Inglês impecável, batendo sempre na hora certa, mas nem tanto, a França era mais. A França, se destacava na época e ainda hoje, pelos bons modos, boa cultura, lugar pras pessoas abusarem das boas condutas e da perfeição. A França, até hoje, nos remete perfeição, quando casais apaixonados se pedem em casamento diante da Torre Eiffel. Torre Eiffel, essa, perfeita, na ordem dos planetas, que se tornou ícone de umas das estrututuras mais conhecidas do mundo, perfeição define os lucros, ela também é a que tem mais visitas pagas no mundo. França, que a primeira a puluir e despoluir, toda água sua água, do seu território, portanto, a França, é um senhor belo cartão postal perfeito do caramba, quem não quer ser francês, falar francês, viver á francesa. Mas, antes da torre, antes desse glamour, a França era um primeiro mundo, para países que já eram de primeiro mundo, lugar considerado culto, onde moças iam estudar e se formar, onde a monarquia se deu mal, e também os calhordas facilier que perambulam pelo mundo, ("Lula lá?! Avec moi, non", um trocadilho insano com, "Uh lá lá").
França, onde se faziam as melhores roupas, onde ainda existem as Maison Houte Couture, onde existe uma federação que decide quais outras Maisons, devem ou não ser Houte Couture, e sem o selo Francês, Houte Couture, a costura é só mequetrefe mesmo. SE VOCÊ ACHA QUE O AMERICANO QUER A AMÉRICA SÓ PRA ELE, é porque você nunca conheceu um garçom françês que te pune no Brasil, por falar português com ele num restaurante Francês, no Brasil. Chato né?

Fiz essa introdução pra dizer, que a perfeição é um alvo chato e impossível. A perfeição é bonita nos outros, mas busca pra você? Busca como um objetivo isolado, só perfeição em tudo. Acaba a beleza, você vai ficar com todas as coisas aritiméticas e exatas do universo, que são igualmente chatas, chatas de não serem legais e chatas de achatadas também, porque a perfeição dá a impressão de ser limitada, não sei pra vocês, eu tenho essa impressão, que quando ta tudo perfeito,me falta algo, um objetivo, e aí eu fico pela casa procurando mais bagunça pra arrumar. E o surrealismo, veio pra isso, e Dalí tinha razão plena.


"Não se preocupe com a perfeição - você nunca irá consegui-la. Salvador Dalí."

Eu descobri, qua quando mais eu for espontânea, mais eu estou perto do meu natural, e que quanto mais eu estiver perto do meu natural, mais perto da perfeição eu estou, por que me é inato. Isso é fenomenal, poder interpretar as cosias. Eu gosto de casa arrumada perfeitamente, mas gosto da minha mente produzindo 24h, e mente produtiva, nem sempre é totalmente organizada, nem sempre não, não é, é só você olhar a mesa de trabalho de alguém atolado, querendo colocar tuso perfeito, começa com bagunça, a perfeição se origina, portanto, do caus. Foi assim no ÉDEN, será assim no Apocalipse. E só Deus sabe como ele mesmo é perfeito, pra aturar a gente, porque a gente só tenta ser perfeito. É QUE EXISTEM VARIÁVEIS, o meu conceito de perfeição depende das minhas experiências, e o conceito de perfeição do outro, é do outro, depende das experiências dele. Minha avó, pode falar de partos e crianças, ela teve 11, um analista de sistemas, vai falar de diagnóstico de sistemas, um advogado vai falar de leis, e o ser humano em geral, sempre vai se reinventar, procurar sair do lógico, pra resolver problemas, vai sempre pra tentar ser melhor, pra evoluir os padrões, pra evoluir o mundo, mas perfeição? Não existe nesse mundo, e falo isso com total e perfeita clareza da minha mente. Deus é perfeito, insisto, de uma maneira que só ele entende, nós somos um espelho aguardando essa atualização. Quando ela se completar, sabemos a verdade, e não veremos mais o mundo como um eterno refletir, mas com um objetivo, talvez, nessa altura, encontremos o objeto perfeito pra perfeição, além do já sabemos.

Gostou? Fica esse texto surreal pra você!

"Não se preocupe com a perfeição - você nunca irá consegui-la. Salvador Dalí."

Preocupe-se em melhorar a cada dia, cada dia uma redenção, uma evolução, um degrua, uma meta, um objetivo, uma conquista, mais uma engrenagem, mais um sonho, mais uma redenção...

Bjus e até mais! 

30 de maio de 2017

Série: Perguntas e Respostas retiradas do Yahoo - "É saudável aceitar pedras como degraus?"



"É saudável aceitar pedras como degraus?"


Iiiiiiiih amigos, já fui muito adepta disso, mas hoje em dia eu não faço mais isso não. Eu guardo a pedra e devolvo pra quem me jogou, e ainda pergunto se ela não podia ter jogado dinheiro ao invés de pedra, porque se tem uma coisa deliciosa no mundo, é gente que não fica com migalha que as pessoas jogam. Esse negócio de fazer degrau com pedra que os outros te jogaram está por fora. Vai comprar tuas pedras, vai cavar na pedra, vai batalhar pelo seu degrau, parcela a pedra em 10x sem juros, sem estrada, no cartão de crédito, mas não pega migalha de ninguém não. Isso não te pertence, não pertence a gente adulta, A VIDA ADULTA. Isso é um tipo de um recalque que a pessoa que tomou uma pedrada fica, ela guarda uma mágoa, um rancor feio, não guarda pedra nenhuma não, joga fora, devolve pro dono, manda ele se virar, mas não fica pegando pedra pra construir seu degrau, porque a atitude de receber uma pedrada não é legal, pensa bem, árvore que dá fruto ruim, ninguém joga a pedra pra fruta cair, as pessoas só jogam pedra naquilo que dá bom fruto, pra elas usurparem, não queira uma Paola Bracho na sua vida dessa forma, se a Paola Bracho vier pra sua vida, ela tem que vir boazinha igual a Paulina Martins, fazendo bonito, fazendo a vovó Piedade parar de beber pinga, por que se vem Paola "do mal" Bracho, ela fica assim, te jogando pedra, te usurpando, e você vira vítima, e tem vítima também fica recalcada, de vingancinha. Ai fica assim:

"-Ei, ei você, você está vendo, aquela pedra ali, lisinha, ali na minha na minha escada? Lembra quando você me jogou ela? Guardei, guardei pra te mostrar que você não presta, mas eu presto, por que eu fiz uma escada, com ela, subi e te sapateei na cara, aqui ó!"



ahahha não resisti, esse gif do Bush..

Mas coisa de criança, adolescente, para de guardar rancor dos outros, pra mim essa frase significa isso, "fazer degraus com as pedras que me atiraram", além de rancor, é mágoa incubada, recalque intrínseco, e vingancinha, vingancinha. Tem gente que sofreu bulling na 4ª série e tá esperando até hoje a reviravolta da vida, ficar milionário pra pisar no amiguinho que chamou ele de "bobo feio chato", mas acontece que tem criança que é boba, feia e chata, eu era, todos foram, ninguém morreu, sobrevivemos, ficamos adultos e vida que segue. As pessoas tem que parar de vitimismo, fica uma lamúria, e tem até a música de igreja ensinando as pessoas a guardarem mágoa dos outros, pra fazer reviravolta quando ficar por cima, o que é isso? Isso se chama tripudiar, guardar a pedra e fazer degrau, pra mim, não é crescer, é tripudiar, e tripudiar, é uma coisa muito feia, malcriada. Crescer é desapegar desses sentimentos frívolos de vingança, de mágoa, de rancor. Crescer, é deixar a mente e o coração livres pra não se lamentar, de estar subindo degraus com OS SEUS TIJOLOS e feliz, por estar construindo algo que te orgulha, que toda vez você que você olha, te dá uma sensação de orgulho de estar sendo útil pra sua própria existência, porque construção com material ruim, não fica em pé, é assim que eu classifico a vida como ela deve ser, em que ser uma construção sólida, com fundação, tijolo, cimento e pedras ideais, e não ficar catando pedra de mágoa, cascalho de passado, e colocando como se fosse pedestal pra descer e sapatear nos outros nas horas vagas, quando te der na telha, executar sua justiça própria, isso é coisa de gente imatura. Crescer é desapego dessas cosias, guardar rancor, é despótico, descabido e insano e gente assim, precisa se tratar, porque o rancor pode até matar do coração, entope as veias. Não guarde rancor, guarde dinheiro na poupança.

Entendido?

"É saudável aceitar pedras como degraus?"

Não, não é! É saudável guardar elogios e críticas construtivas, E EVOLUIR, e comida, caso haja um apocalipse. Guardar pedras pra fazer degraus é insano. 

Bjus e até mais!