Seguimos desejando coisas e esquecemos que os desejos são apenas nuvens de convicções. Seu efeito prático é sempre em nós, mas só contagia as pessoas e só muda as coisas ao redor quando nos levantamos e agimos. E agir sempre requer concentração, muitas vezes, silêncio. E o silêncio é a melhor forma de demostrar seu respeito ou indiferença. Estar indiferente, não significa odiar ou desprezar alguém. Muitas vezes as pessoas precisam de tempo e espaço pra crescer, e isso não significa nada além disso mesmo. Não deixamos de querer bem as pessoas pelo simples fato de nos colocar em primeiro lugar em algum momento da vida. Assim como respeito muitas vezes não significa admiração ou amor. As regras não são absolutas, embora sejam coisas que andem juntas, elas nem sempre se completam. E o que é estar completo? Eu demorei a entender,(ou não?), que sentir se pleno e completo, são escolhas, mera questão de ponto de vista. Insisto nesse ponto crucial das coisas sebe?! Nem todas as pessoas possuem TUDO na vida, as vezes o tudo se resume a "tão pouco", e mesmo na simplicidade ou na sofisticação, uma pessoa pode se sentir completa. Tudo depende do que ela decidir que lhe falta. Então, voltamos sumariamente aos desejos. Desejar e possuir são coisas muito distintas. Mas quando se fundem, revelam paixão, suor, movimento. Vai dizer que não? Vamos lá, não me olhe torto da sua cadeira de escritório giratória. Quem nunca desejou comer torta de morangos caseira, não sabe o que é procurar morangos numa feira! Isso envolve suor e movimento. Envolve uma dose de paixão. Também acontece quando você deseja alguém. Mas esse assunto eu deixo pra depois. Meu conselho talvez seria, faça valer a pena... sinta o sabor do momento, coma torta e feche os olhos na hora de beijar. Nem todo mundo está pronto pra lidar com os sentimentos dos outros. E ninguém é obrigado a suprir nossas expectativas, já que elas são inerências nossas. Taí o ponto de dificuldade do desejo! Confundir as nossas convicções apaixonadas, com as atitudes que esperamos de alguém. Não faça isso. É um fardo pesado demais pra delegar a um simples ser humano. Não. Não estou sendo irônica. Apenas realista. Ninguém pode adivinhar seus pensamentos se você não manifestá- los, e por amor da Santa, uma vez manifestos, tenha em mente que ninguém é perfeito. Então tudo será ideal dentro da realidade cabível. Não seja um pé no saco. Obrigada e um beijo. Por falar em desejo... estou com um desejo de receber flores... mas nada de clichês ok?! Kkkkk não não, estou só brincando! Você já estava indo ligar pra floricultura não é!!!? Rsrsrs até porque, eu não mereço um buquê, eu mereço um jardim inteiro!!!
8 de fevereiro de 2017
7 de fevereiro de 2017
Sobre várias coisas e mandar cartas
Tanta comunicação ... isso deve ser qualquer coisa prejudicial. Vou voltar a me comunicar por cartas. Demora, mas "no fundo no fundo", como se diz por aí em algum lugar, tudo que é difícil tem uma durabilidade maior. Acho que fui eu que disse isso, baseada em alguém que disse que: "tudo que vem fácil, vai fácil", tanto faz. Na verdade mesmo, eu parei pra pensar no quanto tudo hoje em dia é banal. Ninguém por aí tem um vazio pra ser preenchido? Está todo mundo feliz? Ninguém sente falta de mais romance, de mais "eu gosto de você", de mais abraços, de se entregar sem olhar as estatísticas, a logística, o caderno de economia, ninguém precisa de mais "eu te amo"? Ai, tão normal ser feliz e perfeito hoje em dia. Ninguém tem? Uma dor pra compartilhar, um trauma, uma esquisitice? Uma mania? Um tique nervoso? Será que vivemos a verdade sobre quem somos? Vou contar uma verdade sobre mim: todos os dias eu me levanto bem cedo, com preguiça suficiente pra não levantar da cama. E sempre acerto meu cotovelo em alguma quina, acendo a luz, fecho os olhos de novo e escuto os primeiros acordes da canção do dia, um passarinho, um grilo deslocado. Hoje a canção me fez levantar e me arrastar para o banheiro e sorrindo, arrisquei cantar. A letra da música me lembrou das velhas cartas de amor escritas a mão, e que já escrevi algumas cartas apaixonadas, e que talvez, eu tenha ensaiado escrever uma de amor verdadeiro, mas, esquece isso. Ninguém mais escreve cartas de amor? Lembrei da pobre Mariana Alcoforado, ela escreveu 5 cartas de amor, que não foram respondidas. As cartas atravessaram a distância de Portugal até a França. As cartas demoraram a chegar e o amor de Mariana atravessou décadas, 1 século? Permaneceu intocado e sem reposta. Quantos amores não são assim? Impossíveis, incompreendidos, não correspondidos. Tanta faca no coração. Alguns de nós já sentiu rejeição, e o medo? Esse massacra.
6 de fevereiro de 2017
Sigo sem conclusão: Problemas que nem o café resolve
Tem coisas que nem um café quente resolve. O problema das guerras pelo mundo por exemplo. Café não resolve isso. Mas imagine se resolvesse? Então os chefes de estado estariam numa sala, todos furiosos de mangas arregaçadas, suando pra ver... quem passa o melhor café. Depois um deles ficaria muito mais furioso e jogaria pó de café no outro, daí... pandemônio. Vamos abandonar essa tese. Imagine um problema seu muito sério. Agora imagine uma xícara de café bem grande. Resolveu o problema? Não. Eu já esperava por isso. Tudo bem. As vezes o café não resolve nada. Mas nos ajuda a dar um tempo, dar uma relaxada. Vai por mim. As vezes falta café na vida. Café quente, doce e equilibrado. Vamos imaginar também, que as vezes estamos na corda bamba, e temos que tentar não entornar o café. Você está com um macacão colante vermelho perolado e a platéia está metade rindo, metade roendo as unhas, luzes estão brilhando dentro da sua cara e numa das suas mãos, o café fumegante. Qual é a solução? Você não pode entornar o café, logo, não pode cair. Você, bebe o café! Mas aí você pensa, o café não é o problema. A corda bamba é um problema, este ridículo macacão é um problema e a droga dessa luz piscando, confunde! Mas o café, bom, me deem um crédito, se não tem como sair da corda, bebe o café! Mas vamos pra outra tese. Você está na borda do abismo. Não tem muita solução. Pedra rolando atrás, pedra caindo na frente, penhasco embaixo, desfiladeiro, um terremoto e um enorme cão raivoso no seu encalço, e você sentado numa "English coffee table", colocando cubos de açúcar aristocráticos no seu café. Bem, o desafio inclui você usar todo o protocolo do chá das cinco. Bom, o que eu quero dizer, é que, da mesma forma que descobrimos um dia que o papai Noel não existe, a vida vai nos desapontar e nós vamos desapontar os outros, e os outros vão nos desapontar e todos juntos ficaremos desapontados e sem jeito uns com os outros. Então vamos ficar de olhar meio franzido pro problema com nossas bocas numa linha reta e vamos estar de coração partido, porque alguns problemas são a própria solução. Não há muito a ser feito, e se fizermos algo, bem, ainda haverá um pouco de tristeza, e o estrago, continuará estragado. As vezes o nosso problema, bem humano isso por sinal, é querer remendar algo que não tem concerto. Tente colocar um remendo no meio de um vestido de ceda! Desfia, esgaça, fica torto, e o problema não é da costureira. E por mais que todos digam que está bom, você ainda saberá que é apenas um remendo. As vezes um problema surge pra nos alertar: "olha, acho que você deveria ir com calma e tomar um cafezinho". Eu bem que gostaria de dizer que tudo tem uma solução. Mas por exemplo, quando magoamos alguém... não é algo que, bom, possamos sentir pelo outro, e o perdão não é como café instantâneo. É um processo onde o café é plantando, regado, podado, colhido, moído, processado, embalado, e fica estocado, até que alguém o tire da prateleira e o importe ou exporte. E as vezes o café não desce. O problema de uma perda. Aquele velho nó na garganta, a tristeza deixa nosso estômago sem vontade de tomar café. Faça um pequeno esforço. Misturar café com algumas lágrimas as vezes faz bem. O que eu posso dizer sobre tudo isso, senhoras e senhores, é que as vezes os problemas genuínos das nossas vidas são como novas diretrizes, ainda que tentemos de todas as formas resolver, segurar... nós temos que aceitar, queridos. Embora seja doloroso, as vezes tudo que se pode fazer é sentar, e tomar um belo café. Não dá pra ser tudo e ter tudo ao mesmo tempo e escolhas envolvem sacrifícios. Que droga. Não é disso que eu quero falar! Tudo que eu gostaria de dizer é: Não importa o quão grande seja um problema, ou o quanto ele te faça sentir- se pequeno, acuado, triste, sem fome, sem forças... nunca pare antes do final, faça silêncio, mas deixe seu coração batendo, mesmo que à meia vida. Mesmo que tudo a ser feito seja colocar a cabeça entre as mãos e chorar, sente- se e beba o café. As vezes o café não resolve nada. Mas é tudo que nos resta. E eu confesso pra vocês que essa é a primeira vez na minha vida inteira, que eu não sei como concluir um texto e colocar um ponto final, porque tem coisas que mexem com a gente de um jeito invasivo e sem volta, sem solução sabe? Eu fico meio perdida. Acho também, que pela primeira vez na minha vida inteira. Sigo sem conclusão...
5 de fevereiro de 2017
Você já se pagou um jantar essa semana?
Você consegue ver a mulher exuberante de vestido vermelho no topo da escada? Eu consigo. Ela tem um olhar carregado de esperança. Essa noite é dela. Os cabelos dela estão soltos com leves ondas, e esvoaçam com a brisa que vem do lado de fora. Sua maquiagem revela uma beleza natural, não é forçada. Difícil saber o que ela pensa ali no alto, mas parece que ela espera, que nesta noite, o homem dos seus sonhos cruze o salão e espere por ela na descida da escada, com a mão estendida e um olhar certeiro. Você reconhece a mulher agora? O perfume dela é suave e ela traz um meio riso de contentamento por poder desfrutar a noite. A música que toma conta do salão é suave, e ela, por uma fração de segundos, sente um leve arrepio de antecipação. Essa mulher é você, e sou eu, quando sonhamos com a dança perfeita, a noite perfeita, a vida dos sonhos. E que mal existe em acalentar certos sonhos? Eu sempre defendi que todos mereciam um conto de fadas. Até que tive o meu, e não gostei de ser tratada como pó de pirlim pimpim. Acho que todas temos uma história mais ou menos assim. Histórias em que contamos pras amigas o quanto somos sortudas. Quando no fim das contas, nossos corações já até começaram a antever o desastre. E nos pergunto de novo: Quem nunca teve um desastre? É por isso que hoje, eu defendo a realidade. No fim da noite, não importa se não me chamarem pra dançar. Eu já sei dançar sozinha. E se alguém me chamar pra dançar, não será pra me tirar da solidão, será porque curtiu minha dança. Sem cortes, sem erros, sem fantasias, sem drama. Mas e se ele não aprovar como eu me visto? E se ele não achar minha maquiagem atraente? E se o meu cabelo não for da cor certa? E se ele quiser que eu seja perfeita? É simples. É porque ele não está tão afim de você, bebê. E o mundo acaba? Aaaah Cláudia, senta lá. Com uma população de homens gigantesca, você vai morrer por conta de um? Vamos tentar outra coisa? Vamos tentar seguir em frente? Fazer catarse? Vamos catarsear? Depois de resiliência, a palavra catarse é a minha palavra preferida. O que significa? Purificação. Sabe o que a gente precisa de vez enquanto? Nos pagar um jantar! Sim, desmarque com as amigas a baladinha de sábado a noite, onde você se joga nos braços do primeiro idiota da fila do shopp, e vá a um restaurante, e se pague um jantar, porque sim. Pegue seu patins e vá pro rink. Não pegue mais o telefone dos crush, é puro desperdício. Quem te quiser, vai te achar. Quem te quiser mesmo, vai adorar seu cabelo, suas bobagens, seus sonhos, e vai respeitar sua história e suas curvas. No fim das contas, se você não faz diferença pra alguém, não tenha medo de cair fora. Por que o melhor da festa é você, e se alguém não puder identificar isso... De quem é a incapacidade? Ops! Bjuss, Cláudias! Sentem lá!
4 de fevereiro de 2017
Amar Alguém.
3 de fevereiro de 2017
A Partilha
Algumas coisas não servem pra serem escritas, algumas pessoas estão só a passeio. Algumas coisas existem apenas pra serem sentidas, um par delas te assusta, o outro par acelera seu coração. E quando você tem a sua fé tão quebrada quanto um par de asas, tudo que você anseia, você encontra em algo que alguém pode te dizer. Então o coração se enche com aquela canção e as suas próprias palavras jorram dos seus dedos como borboletas. Por que esperar o mundo mudar os seus sistemas se você possui a força necessária pra mudar tudo ao seu redor? E você percebe que é logo de cara, tudo que devia ser. Você anda confiante, cabeça erguida, um ar de sorriso, com passos de quem tem música nos joelhos. Quando uma pessoa encontra um motivo pra dançar, na verdade ela descobriu o sentido da alegria. Algumas nunca encontram nada. Outras apenas existem. Algumas pessoas nasceram fortes. Outras, foram forjadas no tempo, com dor. Alguns de nós carrega um peso maior que a própria estatura. Outros apenas nasceram pra aproveitar. Uns são felizes com tão pouco. Outros não conseguem ser felizes nem com o muito que juntam. E algumas coisas não servem pra serem ditas, você só sente. E é a glória do paraíso quando você descobre que pode partilhar isso com alguém. É quando o coração para de bater pra depois acelerar. É a vida após a vida. É um deserto e um paraíso dentro de um agridoce. É um encontro.
2 de fevereiro de 2017
A vida é um sopro
1 de fevereiro de 2017
Fracassar é normal,mas nunca se deve desistir.
As vezes a gente tem que admitir que fracassou. Que lutamos, fizemos o possível, mas não deu. Perdemos. E as vezes a gente tem que desistir, afinal, são muitos números, estatísticas, muitos contras, e as vezes, o exército das nossas boas intenções não dá conta de equilibrar as coisas. De quem é a culpa? Somos fracos e despreparados? O desafio foi maior? Eu não sei. Mas eu sei que as vezes tudo que você tem, que você achava ser seguro ontem, você pode começar a ver escorrer pelos seus dedos lentamente. Aí você começa a pensar: "perder? Não, que isso, é só uma crise, isso vai passar, semana que vem eu vou estar rindo disso tudo!" Mas a semana vem, e passa, e eis sua boa vontade despedaçada junto com a sua esperança. Nessa hora você pensa: "se eu desistir agora, ninguém vai me chamar de fracassado, e não vou parecer rejeitado." Mas chega um ponto na crise que se você insiste em lutar, é melhor que você permaneça no fronte de batalha. Nenhum guerreiro protege a si somente, ele protege os que estão ao seu lado e ele tem um objetivo claro. E eu não sei se a vida ensina isso. Não sei se ela ensina a desistir também. Mas se eu pudesse ensinar, eu ensinaria assim, e colocaria tudo numa carta, bem desse jeito:
Caros amigos,
não fiquem covardes diante da batalha. Prossigam na luta. Ninguém disse que seria fácil, mas os dias de glória estão por vir. Não vejam somente a dificuldade chegando como uma nuvem cinza ameaçadora. Mas olhem pra ela como uma nuvem cinza cheia de mudanças. Vejam bem, meus caros, que civilização sobreviveu sem mudar? Toda dificuldade trás um peso de escolhas. E nem sempre a escolha certa a ser feita é de fato a apropriada. No entanto, nunca desistam dos elos e dos vínculos, das alianças. Nunca desistam do amor. Uma batalha é feita de estratégias e precisamos ser racionais, mas pra obter a vitória, necessitamos ouvir nossos corações. Que todo sacrifício seja feito em favor de alguém. Pois não se pode sacrificar alguém por causa de uma "coisa", ora, coisas, meus caros amigos, coisas não sofrem, não têm sentimentos. Pensem em tudo que for bom e mantenham os olhos na esperança. Não parem de lutar, mesmo cansados, sem recursos, não parem, não descansem. Mas se mesmo no final vocês fracassarem, não abaixem suas cabeças. Verdadeiro guerreiro mesmo derrotado, ainda carrega no peito a marca de vencedor. As cicatrizes, não se envergonhe delas. Marcas de rejeição, de injúrias, marcas que foram deixadas por tantas pessoas que passaram por nós. Não tenha medo de mostrá- las, existem pessoas com as mesmas marcas que irão amar vocês pelo mesmo motivo que outros odiaram. E mesmo vencedores ou perdedores comece tudo de novo. Mas nunca pare de lutar.
31 de janeiro de 2017
Pequeno manual de como funcionam certas coisas.
30 de janeiro de 2017
Compaixão
Assinar:
Postagens (Atom)