30 de agosto de 2013

[ainda sinto o perfume dele] - estava escrito sem estar

Ainda sinto o perfume dele na minha pele... É só respirar fundo... Com o perfume vêm as doces memórias dos dias bons, dos dias de amor. Ele tinha todo cuidado em me amar todo dia, e nós nunca brigavamos, por nada. É pecado querer de volta tudo que eu tive? É errado querer meu chão, meu oeste de volta? Eu não sei. Mas toda vez que olho pra ele, da perspectiva de onde estou, (nos abraços dele), ainda vejo que podemos ser extraordinários juntos. Mas o amor é uma palavra estúpida no meio de todas as nossas coisas erradas. E as horas que passam não me deixam respirar... Os abraços se tornam prisões, os beijos, cadeias, as palavras grilhões... Quero sair sem perder... Quero perder sem precisar partir. Acho que não fomos feitos pra amar meu amor...Estava escrito sem estar... Tudo que temos e somos um para o outro... Estava escrito sem estar.

24 de agosto de 2013

Crônicas de um sábado de sol & ROMANCE

Descobri uma coisa que todo mundo já sabia, mas, que ninguém comentava.. vou comentar... Todo mundo nessa vida é romântico. Quem diz que não, mente. Mente desavergonhadamente (nota mental: não sei se essa palavra existe de fato). Quem ouve love metal e dá a desculpa que é rock, quem ouve rock pesado com letra melosa, quem veste rosa.. quem veste preto, quem veste couture, quem fuma cigarros feitos em cuba, quem ouve o funk da anitta, quem paga no débito do cartão de crédito.. tudo um bando de românticos...
O romance é um jeito "óculos cor de rosa" de levar a vida. Não que isso seja ruim, desde que não te leve pro mundo da lua; não que este texto seja totalmente e potencialmente didático... é que eu fico mal sabe.. ai eu fico mal quando alguém me diz que eu sou a última romântica... e o Roberto Carlos minha gente? E "esse cara sou eu"??? Como eles ficam?? Coitado do cara, nem tem nome.. não disseram pro cara da música que a sociedade capitalista também era mentirosamente anti- romântica. Está aí o ponto da questão. Vou me tornar ativista romântica... isso tá meio hippie anos 70 né? #pazeamor ... embora a vida ande meio guerra e paz.. esquece a ideia ativista.
Não posso comprar uma mochila rosa? Não posso usar unhas pretas e batom rosa, não posso comer chocolate sorrindo, aliás, não posso sorrir demais.. isso tudo é sinal de que sou romântica? Ah.. acho que não hein.. O ROMANTISMO é um movimento artístico, político e filosófico, pra quem não sabe, surgiu na Europa, (só podia!), e a galera se amarrava na hora de discutir contra o racionalismo..
Sabe... acho que o mundo precisa de uma revolução novamente.. contra esse racionalismo tão hipócrita, contra essa forma social de ver a vida como se ela fosse só pedra, só recalque, só dor...
Acho que as pessoas precisam valorizar mais a sua forma de fazer arte, de buscar um sentido, não irreal, mas, mais leve, com formas mais práticas e menos drásticas de lidar com tudo.
Hoje eu estou subjetiva.. então...
UM BRINDE A SUBJETIVIDADE ROMÂNTICA DA VIDA!!!

Bjus Jub's — em Paris.

11 de agosto de 2013

Estrada

Eu estou longe do holofote, dos carros- forte, do brilho dos vestidos e do baton. Estou longe das promessas não "compridas", das palavras, dos desenhos, da vida. Não fico perto de gente metida, de saia "cumprida", cheias de compromisso na vida... [ah, To aprendendo a viver sem você]. Estou cansada de rimar, senta aqui, nós precisamos conversar... É mesmo certo tudo isso? Você toma tantas decisões que até confunde as certas com as erradas... A culpa foi de ninguém, mas tudo bem, amor não se pede, se doa. E não, não é certo se não é assim. Dois longos séculos vão se passar e essa saudade não. Você ouve o piano? A música ainda está tocando no frio, no vazio, no silêncio. Ainda estou dançando sozinha e as lágrimas estão misturadas com a chuva. [ah, tô aprendendo e não quero aprender]. Todo dia eu desejo um remédio, uma cura pro tédio das lembraças do que eu não vivi, e desejo ser da tua família, sair na tua fotografia, fazer parte dos teus planos, escolher os azulejos, as torneiras, as espreguiçadeiras, [Sei que o dia raiou para mim, mas pra você tanto fez]... Mais dois longos anos vão passar e eu sempre vou saber diferenciar o que é gostar de amar. [Ah, tô aprendendo e não quero aprender. Ah, tô aprendendo e não quero aprender..] Mais dois anos vão se passar, menos dois anos perto de você, mais dois anos pra te reencontrar, menos dois anos pra viver, mais dois anos pra te perder, menos dois anos sem ter você. No final é tudo igual, a quinta parece com a sexta e tudo acaba sendo normal. Com o passar dos anos até parece bem natural. Estou longe, dois anos longe de você, dois anos mais perto de estar mais dois anos sem te falar, que a diferença entre amar e gostar, está descrita no brilho do meu olhar. [Tô voltando pro meu recanto; Lá é bem melhor. Não, não sei quem vai estar me esperando... Eu nunca vou estar só]. E na estrada, minhas memórias se confundem quando eu entro no seu mundo. Não sei (mais?) quem é você, mas de repente te conheço muito bem. Diz que me ama pra sempre, seca minhas lágrimas vamos casar e ter filhos. [Não tenha medo, desse amor... Você me faz, você me faz tão bem...]. E de repente vejo estou na canção errada, esse é outro roteiro, fiquei apenas confusa na beira da estrada. O roteiro que a gente escreveu não tem ponto final, não tem final feliz, não tem ponto de vista e nós não somos artistas. Mas agora estou longe, longe da luz do poste, dos carros, do barulho, das lojas, dos grandes cafés, da cidade bonita e toda enfeita pro Natal, estou longe do seu cartão- postal... [Ah,tô aprendendo a viver sem você
Ah, tô aprendendo e não quero aprender]

Detonautas Roque Clube- Tô Aprendendo a Viver sem Você
Juliane Schimel de Magalhães

10 de agosto de 2013

A bailarina e o palhaço

Não me avisaram que bailarinas podiam ficar tristes. Não avisaram que palhaços choravam. Nunca me disseram que palhaços não serviam pra serem amados. Nunca me disseram que bailarinas não podiam dançar em picadeiros. Nunca me disseram que palhaços partiam corações de bailarinas. Nunca me disseram que o circo não era uma casa pra morar.
Enquanto escrevo isso, tenho em mente a imagem de um palhaço chorão, não aquele com a pintura borrada e feia, mas aquele de cara branca de tinta, boca vermelha enorme, cabelos coloridos e uma lágrima preta pintada abaixo dos olhos ao lado de um pequeno coração. Seus olhos castanhos brilhantes,... na verdade não sei, devo explicar que não me lembro mais, mas de qualquer forma sei que brilham; mas não imaginem que ele chore de verdade, não, ele chora mesmo no coração, no pequeno coração ao lado da lágrima pintada de preto. E ele é um palhaço romântico, me oferece uma flor, mas nunca me fala nada gentil; digo verdade quando digo que ele nem fala mais comigo.
Não sou louca, até gosto de beber, água, suco... "garçom, por favor, vodka com gelo e limão... Não, na verdade não agora, preciso terminar de escrever." Uma bailarina nunca pode perder a música, os passos, a perfeição. Mas eu me achei quando me perdi dentro de um palhaço. Como diz a canção: "eu não sabia buscar, foi quando apareceu, o que eu quis inventar, pra preencher o meu mundo particular... No peito que era seu...". Sinto saudades das flores do palhaço e do jardim que ele me deu,... só não me lembro mais a cor dos olhos dele, e quase me sinto desesperada de saber que nunca mais vou vê- lo como eu já vi. O amor é mesmo ingrato, é um bêbado bohêmio sem dono. Me fez entregar o coração a um palhaço. Bem que me avisaram: "garota, se você não sabe, o circo sempre vai embora... Eles sempre dobram as lonas e viajam pra longe...". Longe dos olhos; e do coração, não?
Triste é gostar de quem não gosta de você, e muito triste é gostar tanto de si e não gostar de mais ninguém, e triste mais que tudo é estar triste pelos dois motivos. E sabe, essa é aquela hora que eu penso em ir pra casa, sacolas de compras mas mãos, fui no mercado, comprei morangos, estou andando com os fones no ouvido ouvindo Lady Antebellun e Maroom 5, e não sei por que, mas não quero ver ninguém, abaixo os olhos, olho pros meus pés, e percebo que é apenas um sentimento, mal posso crer que acabou, e as flores ficaram no banco de trás do carro. Tudo que temos é um boa noite, um obrigada, um palhaço entre lágrimas e uma bailarina confusa. A saudade vem, quando eu acordo, quando eu durmo, quando eu fico sem ar, quando eu fecho os olhos e não posso e nem consigo te encontrar. Não tenho uma música com ninguém, mas sinto falta de ouvir música com você, sinto falta do seu maldito perfume que parece entranhado na minha pele, e droga, gosto de você. Você nunca sabe quando tem algo realmente bom, nem sabe se merecia perder, mas a vida é assim... Um picadeiro... Uma hora é a vez do palhaço, outra hora é a vez da bailarina. No fim do último ato, o palhaço faz palhaçada e a bailarina dança. A moral da história? Ambos só queriam ser amados... Ironicamente, foram pelo orgulho afastados, por dois mundos impossíveis de estarem no mesmo espetáculo. Não vou pra casa, é o que decidi, a bailarina vai dançar... "garçom, vodka com gelo e limão, e uma dose de desamor, por favor..." na mesa ao lado o que eu vejo é engraçado, um homem, ele tem a marca de uma lágrima ao lado de um coração... o outro garçom anota o pedido dele enquanto ele diz: " E... Me traz um guardanapo, por favor...". A música no salão é suave, eu apenas sorrio tentando ver no escuro do bar, a cor brilhante do seu olhar..

A Rainha e o Fantasma

Ela usava coroa, ele arrastava corrente. os dois eram infelizes, dizia certa vidente.
Ela via vultos, ele só imagens, ela era um sonho e ele era só miragem.
Ambos sorriam do medo e das coisas banais, não tinham paz e sossego e nunca dormiam em paz.
Um dia ela cansada, no outro, ele exausto, resolveram que juntos ganhariam o asfalto.
Essa é a história do Fantasma e da Rainha, que de mãos dadas fizeram da solidão, companhia.
Eles não sabiam viver e muito menos amar, eram poetas no papel, mas na vida não sabiam poetizar.
Com ele, ela encontrou o sorriso e a forma sublime de ser, nunca esqueceu dessa vida, o que a vida não a deixou esquecer.
Com ela, ele esqueceu do frio, do vazio da escuridão, ambos estão concentrados em andar na contra mão.
Não reparem nos versos, eles causam terror, a mulher o homem, juntos fazem amor.
E dessa história o final, não poderemos saber, pois a Rainha e o Fantasma, não vão querer nos dizer.
Jub's

Café e cheiro de mãe

Cheiro de café pela manhã... Que delícia... Eu, minha mãe e minha avó temos a mesma mania de manhã cedinho, a gente sempre lava a louça antes de tomar café; sabe, a louça da noite... As vezes do jantar, as vezes de um lanche, não consigo sentar pra tomar café sem esse ritual... Lembro que, nossa, isso me lembra que já tem 1 ano e meio que saí de casa... Enfim, lembro do barulho de copos na cozinha, barulho de água, os passos da minha mãe, a meia luz do sol e o cheiro do café misturado com o perfume dela, por que... Tem muito perfume bom, alguns inesquecíveis, [ainda sinto o perfume dele], mas se tem um cheiro que sempre me conforta e enche meus olhos de lágrimas é o perfume da minha mãe... não importa qual marca seja, é o cheiro dela, cheiro de mãe que quando me abraça faz o mundo parar pra eu descer. Minha mãe nunca teve muito tempo pra essas coisas, sempre trabalhou, na maior parte das vezes ela só estava cansada e exigente, mas ela só queria o melhor pra gente, pra mim e pro JP; mas eu escolhi as memórias que vou manter... E devo minha paixão irrevogável pelo café a ela, que sempre soube a hora certa de fazer um bom café, que sempre soube melhor do que eu, arrumar a mesa pra gente compartilhar, que tem um cheiro bom que me faz chorar... Ah que saudade de morar com meus pais... Lembrei dela lá em casa hoje de manhã, por que vi a minha louça do lanche na pia e nem tive tempo de comprar café hoje... Eu sei que um dia talvez seja minha filha me escrevendo uma coisa dessas... Talvez em breve seja o meu marido admirando o meu cheiro de baunilha misturado com café... De todas as formas, espero construir uma família tão forte e tão boa quanto a que a minha mãe se empenhou pra fazer. Por que mulheres como ela, que suportam, que lutam, só são feitas por outras mulheres como ela: Fortes que lutam. Minha vó é forte, minha mãe é forte e Espero ter aprendido isso com elas. E espero que meu café da próxima vez saia melhor, por que vou te contar... Meu café é horrível kkkk
ah mãe, ... eu te amo.

P.s.: ainda não tomei café hoje

Tive medo meu amor

É que me deu medo, você veio tornando todo dia ensolarado. Tirando tudo se estava nublado. E escolheu justo meus olhos pra dicipar as tempestades. No meio de todo barulho, de tanta gente, me deu medo da gente. Me deu medo de viver feliz sem as águas ensopando meu barco, meus sonhos e meus cabelos. No fundo tive sorte atracar num porto tão distante, também seguro. Me disseram que agosto venta muito, que é difícil navegar em Porto, e que a qualquer momento o dia pode virar noite. Mas não estou me importando. Você promete enxugar os óbitos, as mágoas e as perdas e as desventuras? Só assim eu navego feliz, sem desespedidas, sem tristezas, só alegrias, por favor meu amor ... é que eu tive medo, de ser feliz.

Crônicas de uma segunda feira & coisas que precisamos ignorar

E daí que a água da montanha é pura? Não, eu não disse isso ao vivo, mas me peguei recriminando o alheio internamente e agora, em público (ah cara...). Enfim, essa segunda está calma, não gosto assim por que quando a segunda é calma, a terça vem recalcada, quarta de ressaca e lá se vai uma semana com os astros sambando na desgraça. Por falar em desgraça, vou falar de coisas ignorantes, é! É de muito mal tom não responder as mensagens das pessoas sabia? Eu sabia e faço isso mesmo assim. Acontece que as vezes algumas pessoas precisam se sentir geladas pra saberem que você não é feita de papel. O que isso tem haver com água, com segunda feira e com essa crônica? Não sei... Hoje é segunda está calma, deu até pra beber água, ignorei um cara, desenhei um vestido... no papel... Tirando o dia cinza e a dor de cabeça... Tá pra mim essa segunda... Se a terça vier com tudo já estou preparada. Kkk ‪#‎prepara‬ bjus

Crônicas de Um bOm domingo & Coisas que me esqueci de Lembrar

Posso contar uma coisa engraçada? Ontem me perguntaram se eu era realmente mulher... Bom, antes que alguém pergunte. Sou mulher, gosto de homens; e ri na hora, um pouco chocada, afinal, sempre me achei feminina, por que afinal, eu sou mulher. Mas enfim, comentando isso com um amigo, (que aliás, conseguiu dar um nó na questão questinando se o homem que me perguntou era mesmo homem), ele me lembrou que tinha me pedido em casamaneto um dia desses, e que se eu tivesse "aceito", eu não teria passado por isso. Eu disse pra ele que escreveria um texto bombástico sobre ele (ele teve medo, e não o culpo). Mas nem vou, estou tão bem humorada que sou capaz de soltar fogos com purpurina, (muito Drag Queem isso, mas enfim). O fato é que eu adoro os fatos, e os fatos são: COISAS QUE ESQUECI DE LEMBRAR. Não me lemnro dele me pedir em casamento, e olha, juro que procurei nos compartimentos mais românticos da minha mente.. e não achei nenhuma pasta escrita "Sr. Pedido de Casamento- Arquivado". Já fui pedida em casamento algumas vezes. Uma vez, num bar, por um cara que eu tinha acabado de conhecer, outra vez numa social, por um cara que tinha achado meu sorriso uma coisa parecida com a via - láctea... Mas nenhum pedido sério demais pra ser computado; já fui pedida em casamento por melhores amigos de brincadeira e já me divorciei de brincadeira algumas vezes, mas me esqueci de guardar os pedidos sérios em algum lugar. Me endago se não os deixei em alguma estante vazia do passado junto com as mágoas antigas causadas pelas coisas da vida. Mas eis os fatos novamente... COISAS QUE ME ESQUECI DE LEMBRAR. Isso me lembra de parar de lembrar de coisas que quero esquecer, talvez fique mais fácil lembrar do que não posso esquecer. E acho melhor eu encerrar o texto por que se não eu vou dar um nó nessa questão também. Mas antes de encerrar eu quero reafirmar que sim, sou mulher ok!!

BJus BJus!!!
Juliane Schimel de Magalhães

P.s.: Caro "Sr. Que Me Pediu em Casamento e Eu Não Me Lembro", quando o senhor ler isso, o senhor vai saber que é para o Senhor

Segredo

Que rosto você tem quando fica feliz? Eu desconheço a curva do teu sorriso. Imagino que ele comece lento até brilhar completo dentro de mim. E imagino que seja poético no sentido mais viril. Imagino seu rosto angular com a barba mal feita. Imagino você dançando comigo ao som da batida perfeita. Fico imaginando você no ônibus, um cara gentil. Livro na mão, fones de ouvido, olhar perdido na janela. Não sei que pesares carrega, não sei pra onde vai, mas imagino que seja uma vida interessante por que seu olhar no meu devaneio é muito brilhante. Quando eu te conhecer, espero que não tenhamos medo do destino. Espero conhecer o toque dos seus dedos nos meus cabelos, o cheiro da sua pele e jeito, o instinto. O segredo revelado é muito mais interessante que o escondido. Deixa o tempo me guiar, não tenho pressa, um dia te vejo.
Juliane Schimel de Magalhães