15 de março de 2017

Como decidir entre o certo e o que te faz bem?



"Não praticar o errado, não significa fazer o que é certo, assim como não fazer o mal, não significa fazer o bem. "

Começo mais este assunto com uma frase de dar nó nas entranhas mais profundas de um sábio! E talveez machucando quem ama a língua portuguesa

Nessas ocasiões, eu sigo um conselho do meu pai, que é bíblico, que mata a questão na hora, com uma paulada bem dada, no entanto, a "nível pessoas", se eu disser o conselho do meu pai, que é bíblico, eu corro o risco de deixar a questão sem uma resposta mais adequada, extensa. E não é isso que eu quero, e quero avisar antes, que eu não sou psicóloga, eu apenas escrevo baseada em coisas que eu vivi, que deram certo, oou não.

Na minha mente, "certo" e "bem", dançam a mesma música, sabe? Contudo, porém, entretanto, se eu colocar os dois na mesma balança, eles possuem valores e escalas muito diferentes, certo e bem não são iguais.

tenho que exemplificar, para clarificar a questão, e então, prosseguirmos, pelo ponto de vista proposto.

certo
adjetivo
  1. 1.
    em que não há erro; verdadeiro, correto.

    "resposta c."
  2. 2.
    que não é passível de dúvida; seguro.

    "é c. que o ônibus passará às 5h"




bem1
substantivo masculino
  1. 1.
    aquilo que enseja as condições ideais ao equilíbrio, à manutenção, ao aprimoramento e ao progresso de uma pessoa ou de uma coletividade ☞ inicial por vezes maiúsc.
  2. 2.
    ét conjunto de princípios fundamentais propícios ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento moral, quer dos indivíduos, quer da comunidade.


Com essas explicações, bem colocadas, vou transpôr para cá, os conselhos de meu pai, que são bíblicos, sobre o "bem", que permearam a minha educação, com muita felicidade. 


"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem." 1 Coríntios 10:23-24


Tendo esse conselho guardado e a situação correndo na minha frente, eu sempre me faço a simples pergunta: "O que me faz bem, é lícito e edificante?" É um embate bastante íntimo, que requer uma resposta muito pessoal do indivíduo que se propõe a refletir, sobre esta questão. Eu por ocasião, e experiência, vou responder por mim, as vezes eu opto por abraçar o que me faz bem, o que é lícito, claramente, porque eu não sou criminosa, nem sou dada a escorregar nas leis a mais simples que for, e sempre busco, pra mim o bem, que também estende o bem a todos que estão ao meu redor (se possível), quando não é possível, embora seja uma situação genuína de "bem", na qual alguém é contra, eu pessoalmente costumo fazer o bem (pra mim e pra outrem), mantendo a paz com quem discordade mim. Porém, as vezes a vida nos coloca, em situações, onde o "bem", é a satisfação momentânea do meu corpo, num momento isolado. São as coisas que são lícitas, provavelmente, não vão dar "cadeia", mas são aquelas coisas "boas" que experimentamos, que as vezes não nos convém, não nos vestem bem, é como uma roupa tamanho 36, num modelo, tamanho 40. É como um sapato tamanho 43, num pé 34. Não é extamente um exemplo de situação confortável que combine, talvez, com nossa criação, nossos valores, nossos costumes ou nossa cultura. A bíblia fala lindamente, neste conselho, para que ao escolher entre as situações, eu olhe o "outrem", eu olhe a quem eu magoarei com a minha escolha sobre algo que me faz bem. Vou deixar esta reflexão, que é uma reflexão de amor próprio, auto estima e amor ao próximo.  

Meu pai, também tem um maravilhoso conselho,  bíblico, sobre o que é certo. 

“Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar…” (I Samuel 15:22)

Já vi meu pai usar essa expressão, milhares de vezes, em momentos em que eu e meu irmão, gostaríamos de desobedecer, ou em momentos, onde desobedecíamos de fato. Como fazem bem á vida, os conselhos paternos, principalmente em momentos onde eu tive que fazer escolhas tão difíceis, pra me manter viva. Fazer o certo, o que não é posto em dúvida, o seguro, as vezes, não agrega o bem a todos. E eis aí o grande abismo entre o "certo", e o "bem". Fazer o certo, constantemente, está atrelado ao fazer o que não temos dúvidas, mas sim, certezas. No entanto, não me permito generalizar, por que como eu disse acima, o certo também advém de uma reflexão, amor próprio, auto estima e amor ao próximo. E fazer o certo quando existe por exemplo, um combinado de leis, regendo o que é certo, é fazer um bem, a si mesmo, se precavendo, para que não sejam necessários certos rigores (da lei) ou uma demanda de sacrifícios até então desnecessários. O certo contudo, exige de quem reflete sobre o assunto, uma sobriedade muito madura, pra entender, que na vida, alguns "certos", quando feitos, fazem mal, e alguns "mals", quando executados, causam o efeito certo. No exemplo (muito bem dado pelo meu marido), existe o pai que tem tudo, e pensa ser certo dar tudo ao filho, lhe causando mal. Ao invés de lhe passar valores incomensuráveis, lhe dá valores facilmente compráveis. E também o outro extremo da criança levada, que por alguma "arte", levou de seu pai uma palmada corretiva (não surra, não matar, não traumatizar, não agredir machucando, mas uma palmada corretiva, que mais assusta, pela surpresa, do que pela força), ao olhos dessa criança, levar uma palmada é ruim, é "mal", porém, crescrendo a criança, ela saberá separar, o certo, do errado. 

Deixo vocês com esta belíssima reflexão, onde também repousarei meu coração está noite. 


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