Sabe quando você mantém certas superstições? Coisas como, não contar quantos croquetes sua mãe acabou de fritar, só porque ela gritou com você uma vez: "Pára de contar senão, não rende!", ou coisas como, sempre que você sai de roupa clara, ou chove ou você se suja de um modo impossÃvel e inimaginável. Então, eu não chamo isso de superstição. Eu chamo isso de parâmetro. E o que é a droga de um parâmetro na noite? Eu pesquisei pra você não perder tempo! O parâmetro é um modelo aproximado de algo que deu certo, um conhecimento a respeito de alguma coisa. Também é definido como padrão e regra. Pra bom entendedor pingo é letra? Entendeu? Então vamos adiante? Me segue. O Murphy por exemplo. Já ouviu falar sobre a lei dele? Eu também pesquisei! Eu sou esperta e você pode colocar isso nos comentários, por favor. Murphy não era um "atoa", ele era engenheiro aeroespacial da Nasa, (chora no recalque, o choro é livre, comentem por favor), pois bem, ele estava fazendo testes de tolerância a gravidade em seres humanos, porém, os sensores responsáveis por registrarem o teste, falharam. Porquê?! Culpa do técnico!! Instalou tudo igual a fuça!! Murphy ficou muito puto, (pai, desculpa. É só dessa vez que escrevi palavrão!), daà o Murphy disse o seguinte: "Se este cara (esse bosta) tem algum modo de cometer um erro, ele o fará." Vamos então falar um pouco de Behaviorismo, pra você entender o que o Murphynho queria explicar, o Behaviorismo vem de behavior, traduzido do inglês, comportamento. Uma das vertentes, o behaviorismo filosófico, fala sobre padrões de comportamento, que são, parâmetros! (Cara, vocês tem que admitir que eu me superei nesse texto! Coloca nos comentários? Compartilha? Rsrs) A vertente mais clássica disso, fala sobre o reflexo condicionado. Pois bem, tudo terá lógica, não me abandonem agora, vou explicar. Murphy criou sua lei baseado no seu pessimismo? Não. Ele disse que se existe mais de uma maneira de uma tarefa ser executada e alguma dessas maneiras resultar num desastre, certamente será a maneira escolhida por alguém para executá- la por simples reflexo, pelo fato de ter dado errado várias vezes (estou ouvindo Claudinho e Buchecha enquanto escrevo). Eu tenho certeza que o Murphy falava sobre estarmos condicionados a certos parâmetros. As coisas não darão errado por que tem que dar simplesmente. Elas darão errado e/ ou certo porque aconteceu uma vez errado e/ ou certo e usaremos o parâmetro pra situações iguais e/ ou semelhantes. Tá me entendendo?! Certo. Vamos falar da polêmica do século, o amor. Seu relacionamento atual não precisa acabar por causa da desconfiança. Nem todo mundo é mau caráter, como se muda um parâmetro? Use uma prerrogativa. Desconfiança não é prerrogativa pra terminar tudo. Traição talvez seja. Como eliminamos a desconfiança? Você só pode confiar se investir seu tempo conhecendo a outra pessoa. Não precisamos morrer de medo da chuva só porque estamos de roupa branca. Temos que aprender a nos molhar. Têm pessoas que se apegaram tanto aos parâmetros, e vivem presas dentro de uma cela sem tranca, onde tudo é perigoso e cruel, uma avalanche de coisas ruins sem aparente sentido. Curioso o que nossas mentes podem fazer. Murphy sabia que nós somos aquilo que pensamos. Ele sabia que não iria importar se algo fosse fácil ou difÃcil, porque ele sabia que a maioria de nós, escolheria o caminho mais difÃcil, a coisa errada. Porque fomos acostumados com a teoria do que "vem fácil, vai fácil", (onde no inferno? Me provem isso.), mas vejam bem, se eu estiver preparada, confiante, se eu estiver pronta. O que há pra ser difÃcil? E droga, eu quero falar de amor. Porquê? Porque eu sou muito teimosa (Porquê meu Deus? Porque eu sou muito teimosa? Outra coisa que vocês podem comentar!) Em algum momento a gente trava como um computador que não aceita a programação, e diferente da expectativa inicial, começamos a andar pra trás e cometer os velhos erros do passado. Porque a dor ensina. Mas deixa marcas. O medo avança pra primeira base, e lá estamos nós, sentados na poeira, imaginando: "e agora? O que eu faço? Pra onde eu vou?". A paixão tem validade 4 a 6 meses de luxúria. O amor... sabe se lá. A única coisa que eu sei, é que quando ambos vão embora, corações se partem. Talvez você esteja partindo o coração de alguém com seus parâmetros e sem querer, tenha escolhido a pior forma de fazer tudo dar errado, machucando alguém que você não merece (seu fidap..). Sim, pela primeira vez na minha vida eu estou fazendo um discurso totalmente diferente de todos que já fiz. Olhe os parâmetros, talvez não seja ausência de sentimentos, mas excesso de medo. Pare de se esconder, pelo amor de Deus, e abra o peito pra tudo que alguém possa te dar. Pare de ficar fingindo essa satisfação com a vida quando seus olhos dizem que você não está bem. Simplesmente quebre os parâmetros. Tenha coragem de jogar algumas coisas pro ar e respirar, amar. Pelo amor de Deus!! Não quebre o coração desse alguém, não desperdice a chance, não quebre o elo, quebre a si mesmo até não haver mais qualquer margem de erro. Seja a droga do rebatedor e corra pra droga da segunda base. Mas, se do outro lado da história você teve seu coração partido. Pare de lutar. Abaixe as armas, abaixe a guarda, saia da linha de frente. Pare de insistir, desista. As vezes, desistir é um ato de coragem. Espere terminar, não termine nada. Não tenha orgulho, não assuma as culpas, não se responsabilize. Você já está de coração partido. Não seja forte. Chore. E faça silêncio. Ainda vai doer por um bom tempo, mas vai passar. Não faça disso um parâmetro. Faça disso uma prerrogativa. E tenha fé. Você não fez nada errado. Não se arrase. O que eu quero dizer com esse texto é que somos humanos com traumas, marcas, cicatrizes e feridas enormes, e as vezes só conseguimos reagir ao que nos cerca, baseados naquilo que ficou no passado. Minha esperança é que todos que vão ler esse texto, comecem a pensar o que pode ser quebrado ou o que pode ser reparado se pararmos pra observar nossas escolhas. Eu também já parti corações e também já tive o meu partido, é horrÃvel, porque você aposta em algo. Ainda estou aprendendo, mas tenho uma certeza que me vem em forma de música toda vez que tenho medo, toda vez que quero muito fugir e me esconder:
"Entre o retorno de Saturno e o seu, busco uma resposta que acalme o meu coração. Do amanhã não sei, o que posso esperar? Você não sai do meu pensamento, e eu me questiono aqui se isso é normal. Você não sai do meu pensamento e eu me pergunto aqui se o natural... vai dizer que o amor chegou no final... não precisa ser de novo assim tudo igual...."- Detonautas.
Meu último conselho? Largue as superstições, os parâmetros, as regras, largue os reflexos, largue a corda, saia da cela, deixe o Murphy. Corra pra primeira base, faça o ponto, ganhe o jogo e me conte depois!
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