10 de outubro de 2017
Amar Alguém
9 de outubro de 2017
A Cabana (Contém Spoliers...)
Como ser impessoal falando de um livro tão inerente a intimidade entre criatura e criador? E se o livro se tratasse apenas de um Deus querendo chamar atenção, por si só já teria sido genial, mas “A Cabana” trata-se de um livro no qual o autor compreende que Deus pode ser tudo aquilo que precisamos. É assim que eu caracterizo a sapiência do William P. Young. “A Cabana” foi Best-Seller no The New York Times e no Brasil muitas cópias foram vendidas, “incontáveis”, e muito depois do lançamento, anos depois, esse livro veio parar nas minhas mãos na forma de um presente. Eu confesso a vocês que eu estava no auge do meu ceticismo religioso. Confesso também que aceitei o presente por educação (Ei, minha mãe me deu modos!). E Nesta ocasião cética, em 31 de Maio de 2014, eu voltava pra Petrópolis, após um dia passeando pelo Rio, e já que eu estava no meio do trânsito pra subir a serra, confesso que não pensei duas vezes entre pegar o celular e pegar o livro, e peguei o livro. Quando eu passei do prefácio para o capítulo 1, e quando eu li todo o capítulo 1, horrorizada e chorando, eu me dei conta que eu precisava mergulhar na leitura de "A Cabana", justamente por ter se tornado tão pessoal naquele momento, e ainda hoje algumas frases ficaram bem marcadas em mim. Quanto as características do autor, eu não o conhecia, não sabia que “A Cabana” era seu primeiro livro publicado (com sucesso em 2007) e também não sabia que ele era formado em religião. O que provavelmente contribuiu pra que ele tivesse uma opinião sobre o divino (mas isso é uma divagação minha, já que ele mesmo não menciona isso). Sobre a leitura, devo-lhes dizer que ele escreve de forma leve, ele conversa com o leitor, de forma simples, sem palavras rebuscadas, sem termos religiosos difíceis de serem compreendidos, e por mais que todas as coisas que ele tenha escrito possam (podem?) ser refutadas por qualquer teólogo, devo dizer que fui cativada sinceramente por cada palavra, desde a minha alma, até o meu intelecto. Nós nunca sabemos que tipo de abismo o nosso próximo escala, e por isso, “A Cabana”, foi um livro muito importante pra mim. Eu devo alertar a você que ainda não leu, que esse livro vai escolher você, se você deixar, e vai deixar em você uma marca. Na capa externa (do lado de trás) se lê: "Se Deus é tão poderoso, porque não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?", essa talvez seja uma das questões mais difíceis da humanidade, e a resposta para o Mack foi:
"- Mas ainda não entendo por que Missy teve que morrer.
-Ela não teve Mackenzie. Isso não foi nenhum plano de Papai. Papai nunca precisou do mal para realizar seus bons propósitos."
Além dessa questão que fica intrínseca em toda leitura, eu digo a você que não é preciso que você traga os seus porquês anotados num papel, o próprio livro trará um por um, todos que precisam de respostas, todos que ficarão pendentes, e trará outros questionamentos que você jamais imaginou possuir. “A Cabana” não trata da religião (do rito, dos usos e costumes), se você como eu, for até o livro com conceitos pré-formulados e céticos, vai perceber, que o tempo todo, o autor fala de relacionamento. O relacionamento de Mack com sua esposa Nan, o relacionamento de Nan com Deus, o relacionamento de Mack com os filhos, o relacionamento de Mack com Deus e o relacionamento de Deus com o mundo. “A Cabana” abre uma porta interessante para o pensamento sobre Deus, o pensamento de que Deus é o que é (o Eu Sou), ele é quem você precisa que ele seja desde que você o reconheça, e que isso transcende as aparências e os estereótipos, humanamente falando. Além de Deus personificado como uma "negra enorme" chamada Elousia, o livro também apresenta Jesus no seu formato humano de carpinteiro e o Espírito Santo como Sarayu (o vento), o quarto personagem que vem fechando os questionamentos de Mack, chama-se Sophia, que é a sabedoria de Deus personificada. Duas coisas aconteceram comigo inadvertidamente, a primeira coisa é que eu aprendi a ler esse livro com papel pra assoar o nariz, por que eu chorei muito, não que o livro seja causador de lágrimas de tristeza, devo dizer que algumas vezes chorei simplesmente emocionada com a beleza da leitura, outras vezes por que me enxerguei em Mack, algumas vezes de alívio, como se alguém silenciosamente me pedisse desculpas e outras vezes confrontada e rebelde. Pode ser que não aconteça com você, mas por via das dúvidas, faça um bom café e leve o lenço, a segunda coisa que aconteceu comigo e pode ser que aconteça com você, é que eu senti uma grande necessidade de ler o livro aos poucos, as vezes pegando nele uma vez por semana ou até mais, porque eu precisava analisar e refletir sobre o que eu estava lendo, então pra mim foi uma leitura diferente, foi prazerosa, como se eu estivesse comendo um doce muito suculento, e esse doce no meu interior causava uma digestão longa e as vezes conturbada, não de um jeito ruim, conturbada de jeito bom e agitado. O certo a dizer é que o livro me virou do avesso e me expôs, e que ainda hoje eu carrego comigo o fruto do que eu aprendi com o Mack e a Missy. “A Cabana” é um mergulho profundo, prepare-se para o impacto, (se for ler. Se já leu, espero que tenha sido virado do avesso e que tenha descoberto que o avesso é o seu melhor lado). Espero que essa pincelada sobre o livro tenha sido boa pra você, tanto quanto foi pra mim. E por fim, irei deixar aqui, um pedacinho do livro, que hoje em dia faz parte da minha vida, por motivos muito pessoais, e por esses mesmos motivos, eu espero de coração que nesse livro você também ache as respostas que você procura.
“1
UMA CONFLUÊNCIA DE CAMINHOS
Duas estradas se bifurcaram no meio da minha vida,
Ouvi um sábio dizer.
Peguei a estrada menos usada.
E isso fez toda a diferença cada dia e cada noite.
Larry Norman (pedindo desculpas a Robert Frost)”.
8 de outubro de 2017
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INCA - Instituto Nacional do Câncer (Rio)
Informações para quem mora no Rio de Janeiro (ou que queira vivenciar boas experiências):
Quem conhece os INCA? O INCA é o Instituto Nacional de Tratamento de Câncer. Eu me trato na unidade do Centro, já há 3 anos. Lá na unidade do Centro, existem muitas crianças se tratando também, adultos, velhinhos, pessoas internadas, que fizeram procedimentos, cirurgias, transplantes (por que lá dentro, tem o CEMO (que é o centro de transplante de Medula). Porque eu estou falando do INCA? Pra incentivar você, sua igreja, sua corporação, seus amigos, sua famíla, a serem pessoas que podem ajudar pessoas. Como isso pode ser feito? Eu vou dar pra você 5 coisas hoje que você pode fazer, que são simples e que pode ajudar as pessoas que têm câncer, e o legal, é que se você não for do Rio, você pode praticar na sua cidade/estado:
1- Doar sangue, plaquetas e medula;
2 - Doar brinquedos;
3 - Doar alimentos não perecíveis;
4 - Doar roupas e calçados em condições usáveis;
5 - Fazer visitas, levar alegria.
2 - Doar brinquedos;
3 - Doar alimentos não perecíveis;
4 - Doar roupas e calçados em condições usáveis;
5 - Fazer visitas, levar alegria.
Olha que legal! Aqui nesse link que estou colocando, tem todas essas dicas e mais:
Seja solidário, olhe pra quem a sociedade insiste em não querer olhar, são pessoas maravilhosas, passando por tempestades, como todos nós passamos, e as vezes, nós podemos ser os remos e barcos pra essas pessoas atravessarem o momento difícil! Existem muitas coisas bonitas que podem ser feitas no mundo pra melhorar ele!
Conto com vocês, nessa luta! <3
7 de outubro de 2017
6 de outubro de 2017
Diamantes
1069 e- mail's não lidos na minha caixa de mensagens, no meio deles um aviso de obra vencida da biblioteca, uma notificação do twitter de que há um modelo italiano curtindo meu ''bom dia'', um aviso que minha conta da internet pode ser paga no débito automático, dois convites pra festa, minha tia me marcou em um comentário no facebook, meu pai criou um endereço de e-mail pra ele (milagre), tenho mais um seguidor no tumblr, e nossa, são 1069, não vou chegar ao fundo disso nem tão cedo. Está um frio por aqui, e de onde estou sentada eu estou sentindo uma brisa gelada no pé da minha orelha, deixei o vidro da janela da sala aberto... (Uma ligação interrompe minha produção textual). A voz do outro lado diz a plenos pulmões: "hehehe Juju!!! Está arrasando corações!" Então eu paro cinco segundos só pra ter certeza de que não matei ninguém, e respondo: "do que você está falando!!!??" Ouço risos do outro lado da linha. "Sabe o loirão? Ele se apaixonou por você, disse que você é linda, uma beldade, perguntou onde ele estava e por que não tinha te visto antes, e que quer que eu levante sua ficha, disse que vai te levar pra sair nessa sexta-feira!" Eu ri, muito, e alto. Homem forte, loiro, alto, com olhos verdes, vamos lá, bonito e turista. Apenas respondi: "nossa, sério? Não esperava, mas, diga que obrigada, tenho compromisso esse fim de semana... bjs". Pensei com os botões cromados do meu sobretudo: "levantar minha ficha?" Que tipo de "coisa" as pessoas pensam que somos? Não vou julgar o interesse do homem, afinal não o conheço e vou dar o benefício da dúvida, pode ter sido um interesse genuíno. Mas as vezes tenho medo de ser só bonita, tenho medo que não enxerguem nada além do meu corpo, somos mais que isso, somos mais do que cifras na carteira, somos mais do que os objetos que nos enfeitam, estamos além da maquiagem, dos brincos, dos sapatos, somos muito mais. Temos pensamentos revirando nossas mentes, temos mentes revirando nossos mundos e outros mundos dentro das nossas vidas. As vezes me pergunto se estou mesmo administrando tudo direito. As vezes é difícil fazer a coisa certa, manter o peito aberto, tomar decisões, organizar a vida pra não magoar ninguém, e infelizmente, não magoar ninguém, as vezes quer dizer que você vai se magoar... muito. Esse texto, como tantos outros que escrevo, não foi escrito em um só dia. E as memórias aqui, não são de um só dia também, são da semana toda. E pensando nisso, querendo ser atemporal, vou falar de "ontem", que pra você parecerá ontem, pra mim, bom, é uma memória que guardei, uma memória com uma percepção. O livro estava no meu colo, e eu deixei pequenas e teimosas lágrimas molhando meu rosto, a luz da pequena lâmpada acima de mim refletiu no meu anel e as pequenas pedrinhas refletiam um brilho azulado muito bonito, fiquei parada olhando, um pouco estática com meus pensamentos. Na minha cabeça um único pensamento formava um todo: "somos qualquer coisa loucos, e Deus nos brinda com pequenos milagres". Era isso que eu tinha em mente quando lia a frase que cavou uma cratera no meu coração. Me fez pensar: "o que são 1069 e-mails na noite? E o que significa um homem querer minha "ficha"?" Deus não precisou levantar minha ficha pra me amar, ele não precisou organizar minhas preces em pastas dentro da sua caixa de mensagens. Ele me viu, e me amou, ele me ouviu e embora eu não saiba com todo certeza se vai mesmo fazer algo a respeito, ele me ouviu, e isso tem bastado tanto pra me tirar lágrimas, quanto pra secá- las. A notícia de que ele não mudou não é novidade pra mim, mas fez toda diferença dentro de mim. Foi como colocar água em um solo muito muito seco, muito muito pisado, muito desgastado e infértil. As vezes, o que carregamos dentro do peito só brilha sob a luz certa. Assim como o anel que tenho, que brilhou como se fosse um diamante. Eu sei que não são diamantes. Mas o brilho dele me fez pensar em como eu sei que Deus nos olha, e sob a luz dele, somos diamantes. Sob a luz de um olhar certo, de um coração bom, nos tornamos bons, e não falo apenas de Deus, falo também de pessoas que enxergam pessoas. Então pensei em todas as vaidades que nos entregamos, e percebi, de novo, que quando a vida conta uma história, você tem que parar pra ouvir, por que é a mão de Deus escrevendo algo em você, pra você. Coisas podem acontecer por acaso e podem não significar nada e não trarão nem dor e nem ... nada, por que fomos nós que escolhemos de alguma forma. Mas, coisas acontecerão e vão nos mostrar o milagre que é sermos tão pequenos e tão falhos e mesmo assim tão queridos, tão inigualáveis, humanos. Mas no entanto, as vezes Deus nos mostra que temos tudo, e nos dá razões pra sermos gratos, e as vezes ele faz isso que fez comigo, ele revela o vazio que temos por trás de toda nossa determinação, ao ponto de sermos gratos por ele nos dar fé e paciência, para que chegue o dia que ele nos preencha. E eu sei que haverá um dia assim. Um dia em que estarei molhando meu rosto com outras emoções, olhando um anel com outra percepção. Afinal, sob a luz certa as pedrinhas de um anel comum podem ser extraordinárias. Segue uma Juliane simplesmente surpreendida com os pequenos milagres. E enquanto os grandes não chegam, vou voltar aos meus e-mails, pacientemente.
Olá,
meu nome é Juliane Schimel, e escrevi esse texto com uma cratera no peito, e espero construir fundações dentro dela. No mais, fale comigo pelo.. não, não me mandem e-mails essa semana, me mandem flores!
Bjs bjs
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