Os olhos estavam fixos em algum lugar do futuro. Ela olhava
impaciente para a porta, a porta pelo qual seu destino entraria. Sua mente
passeando por lugares que ela nunca foi. E ela se rendeu sem se dobrar, aos
sonhos tão bem elaborados, sem nem se quer desconfiar que o destino a tinha em
outros planos. E a luz continuava entrando pela porta, o sol aquecido entrava
com a leve brisa do som de mais uma manhã. Pequenos feixes de luz encharcavam
seus olhos recém acordados, feixes brilhantes e coloridos enchiam o quarto de
luzes multicoloridas. Era possível ver em sua estante todos os livros que ela
não leu e todas as coisas que ela escreveu. E era possível vê- lo bem ali
encostado na porta, sorrindo. O destino havia lhe preparado nada mais do que
uma maravilha. Algo que a fazia pensar que aquela vida existia sem existir.
Algo que ela nem se quer podia em mil anos mostrar totalmente em gestos ou
palavras. Algo só dela, só dele.
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