26 de janeiro de 2015

Aquela Sensação.

Chovia lá fora. Ela tinha um livro nas mãos mas olhava as gotas no vidro da janela e sorria levemente. O sofá da sala, bem grande, os comportava muito bem. Ele estava deitado do outro lado do sofá e lia o jornal, página de esportes, página de economia, página de atualidades. Era chuva de verão, algumas trovoadas e o vento balançava as pequenas flores do jardim. Ela olhava o jardim e tinha aquele sorriso nos lábios. Seu marido abaixou o jornal por dois segundos e contemplou aquele vago sorriso. Ela estava perdida em algum pensamento. Ele sabia disso por que quando ela sonhava ela fechava os olhos. Ele pensou que nunca encontraria alguém pra partilhar a vida. Já tinha procurado tanto que um dia desistiu. E nesse dia ela o encontrou. E ele sabe que também foi assim pra ela. Tantos caminhos cruzados e um dia o deles se uniu. Foi numa manhã de verão. Ela estava correndo, como ele lembrava, entrou na padaria, deu bom dia, nem olhou pros lados, nem pediu café, a atendente já sabia o que ela queria, encheu o copo e então ela desviou o olhar e procurou por açúcar. Essa foi a deixa. Ele lhe passou o açúcar e ficou paralisado. Ela sorriu. E tudo ficou claro com aquela sensação de já a ter conhecido de outra vida, daquela vida, pra vida inteira, ou seja o que for. E seja lá o que for, namoram, noivaram e casaram. E ali estavam, compartilhando o sofá novo que haviam escolhido depois de muito discutir. E ela ainda sorria olhando a janela e a chuva. Ela fechou os olhos e se deliciou com a curiosidade do marido que a olhava. Ele não desconfiava que em breve suas vidas mudariam. Ela voltou o rosto pra ele e sorriu como da primeira vez. E compartilharam aquela mesma sensação de vida toda. Ela largou o livro e se aninhou em seu marido, ele colocou o jornal de lado.

- O quê você tanto sorria pra janela? Com o quê estava sonhando, hein?!
- Sabe querido, aquela sensação que preenche a gente, quando a gente sabe que as vezes fomos muito recompensados pela vida?
Ele a abraçou mais forte.
- E sei.
-Então, sabe aquele balanço que planejamos colocar no jardim?
Ele a olhou surpreso, o coração disparou. Não teve palavras. Ficou paralisado como da primeira vez em que ela lhe sorriu.
- Querido, respire.- Ele soltou o ar, com os olhos marejados.
- Mesmo com chuva, olha ali o jardim, acho que o balanço ficaria ótimo ali. Assim nosso filho vai crescer e vamos poder olhar ele do nosso canto preferido da casa.
Com o coração ainda remexido, e aquela sensação de vida completa, foi a vez dele fechar os olhos e sonhar. Colocou a mão na barriga da esposa, fechou os olhos e ficaram ali, compartilhando a vida que escolheram.

Moral da história? A vida é uma constante escolha, e uma constante construção. Não importa de onde, como ou por quê, nunca deixe de amar e de sonhar. Se dê a chance, dê a chance, caminhe mais uma milha. Eu ouvi uma pessoa dizer o seguinte: O mal sem causa, não tem efeito. E o bem empenhado sempre nos retorna. Deixe o seu coração livre para esse tipo de sensação.

Crônicas de uma segunda- feira/ Um copo de coragem

Bom dia!
Acabo de perder um texto que estava escrevendo, isso é tão desagradável. As vezes acontece isso com as histórias das nossas vidas também. Isso me leva a mesma pergunta que fiz no texto que perdi: até que ponto devemos insistir numa coisa que não dá certo? Em ponto nenhum. A gente tem que aprender a ouvir a nossa consciência nos alertando pra não fazermos papel de idiotas. Todos temos direito a uma segunda chance, mas será mesmo que a chance vale quanto custa?  Em alguns casos a melhor coisa a ser feita é sair e bater a porta atrás de si, sem explicações. O que adianta ficar tentando ser o que não somos? Se alguém não gosta do que somos, não vale a pena. Em certas ocasiões abandonar a situação é o maior ato de coragem.


25 de janeiro de 2015

Ideias para casamentos

Todos sonham com esse dia!! E por quê seguir as tradições? Porque é bonito, singelo e emocionante. Mas porque não inovar? Essa noiva aproveitou que estamos na era da comunicação pra trabalhar no glamour!! 10 pra ela, amei a montagem!!

19 de janeiro de 2015

Uma madrugada produtiva

A noite foi longa, tive a companhia de Sara Jessica Parker, em Armações do amor e Nicholas Sparks com Diário de uma Paixão. Madrugada longa e quente, sim, verão. E a despeito dos filmes eu vi, eu fiquei mesmo pensando nas inúmeras vezes que "ele" partiu meu coração e nas inúmeras coisas boas que tínhamos, pesei tudo numa balança invisível que existe dentro de mim. Conclusão? Chorei e tive vontade de gritar com ele, outra vez. Por que é isso que sempre fazemos, nós sempre brigamos. E ele deve pensar o mesmo, e mesmo sendo um poço de calma (só comigo, que não mereço, por que sou chata e complicada), eu ainda acho que ele poderia querer gritar comigo ao menos uma vez, mas sei que ele nunca fará isso. A gente espera que como nos filmes, ele esteja ao pé da escada com as alianças, ou que venha correndo atrás da gente se ficarmos chateadas, ou que larguem suas vidas pré- programadas pra tentarem algo emocionante do nosso lado, ou que o perdão e as dúvidas não nos coloquem em posições complicadas demais, que não nos exijam certas escolhas difíceis, que não sejamos testados e nunca sejamos usados. Mas não é bem assim. Não é tão fácil quanto parece. Algumas pessoas são blindadas, outras são complicadas. Assim eu atravessei a madrugada sem pregar meus olhos. Quando uma história tem uma pausa de meses a fio, quando tem cortes por causa de brigas, quando o passado a massacra, é possível que duas pessoas reatem o relacionamento como algo completamente novo? Não sei por que, mas o calor me ajuda a pensar. E eu acredito que sim, que se pudermos enxergar o resultado ao invés de só olharmos o processo, e se estivermos dispostos a nos "reapaixonarmos", e se o perdão der velocidade ao nosso destino, enfim, é possível. Tem que ser descomplicado, certo? Afinal nós já sabemos o resultado para todas as coisas erradas que fizemos. É só tentar não repetir tudo, por que afinal, não precisa ser tudo igual, e não precisamos acertar nas coisas que já acertamos, a questão é permitir que tudo se renove, se regenere, recomece. Por hora, foi o que pensei sobre o assunto. Não. Mentira. Pensei em mais coisas. No quanto eu o amo, por exemplo, e no quanto isso facilita aceitar e esquecer, até mesmo "investir". Acho mesmo que os publicitários do "Sazon" estavam cobertos de razão, "só o amor tem este sabor". E de repente descobrimos que mesmo afastados por um tempo, que mesmo parecendo burrice insistir, a vida fica com um sabor diferente quando estamos com a pessoa que realmente amamos. Foi uma noite longa, não dormi, mas a Sara e o Nicholas concordam comigo. Bjus

13 de janeiro de 2015

Carnaval

É o terceiro dia sem café e estou com as mãos nas têmporas. Preciso de café. Ter preocupações em cima de preocupações me faz querer um calmante, e depois um café. Tudo bem descobrir que tem um caroço no pescoço. Descobrir que não é nada demais é melhor, ter que fazer uma cirurgia, nada tranquilizador, saber que o carnaval está chegando com minha folga, me parece bom. Tudo bem estar magra, atualizando: 56kg muito bem distribuídos em 1.67 de altura. Mas ser colocada numa prateleira por causa disso, não é legal. Na frase do filósofo: "cada um no seu quadrado, ado, aaado, cada um no seu quadrado". Fiquei na dúvida. Percebi que apesar de ser bonita e inteligente, isso não basta. Tem que ser paniquete e oca, não que as paniquetes sejam ocas.  O que os homens querem afinal? Onde estão os homens que apreciam MULHERES? Onde eles moram? Como se alimentam? Posso fazer um apelo pro globo repórter? Preciso de cafeína. E também de vergonha na cara porque eu pareço ser o único ser "unânime" que se importa. Então alguém é diferente e eu tenho uma caixa de coisas diferentes onde deposito as pessoas. Bacana. Tudo bem, meu quadrado é independente, rico, e toca Beyoncé, 7/11. Chora mundo. E o drama?! Ah, os homens hoje em dia parecem... mulheres. Eles querem discutir a relação e nos perguntam se estão com olheiras muito grandes e, e eles querem o inimaginável e perfeito em relação a nós, meras mortais. Não basta ter carreira, não basta ser bem sucedida, bem vestida, bem educada, não basta lavar cuecas, tem que ser uma deusa. E não apenas uma deusa, mas a deusa favorita no Olimpo, aquela que nem Zeus contraria. Queridas mulheres, a culpa não é das estrelas. A culpa é nossa. Eles estão deslocados porque nós assumimos nossas posições de rainhas abolicionistas. Desde a princesa Isabel, todas queremos fazer coisas e marcar nossa história, e no final?! É tudo política. Por falar em política, a França se levantou pra protestar e o brasileiro é capaz de sentar, assistir todas as denúncias de corrupção e só se importar em dar boa noite pro repórter quando o fantástico acaba. Vivemos num mundo babaca, cheio de pessoas babacas. Ou é só nesse país?! 7milhões de reais em corrupção. A saúde e a educação de um país inteiro, arruinados. Mas vamos fazer carnaval. Whisky e cerveja pra matar a tristeza e a solidão, vodka, e chama o garçom. Mas o carnaval está aí. Corpos suados e uma noite de prazer, no domingo a casa vazia. Que desgosto hein?! Ser mais um normal na multidão. Mas está chegando o carnaval e somos todos um povinho "filiz". E eu vou tomar um café antes que eu comece a falar demais, porque eu ainda nem comecei.

30 de dezembro de 2014

C'est fini

As vezes eu acho que na verdade todos os homens carregam dentro de si um menino de seis anos, chorão, pidão e mimado. Também não descarto a hipótese de nós mulheres termos uma princesinha chata dentro de nós. E eu ainda luto contra a futilidade da vida, mais amo algumas delas. Pra quê, em nome do santo sudário, eu vou querer discutir uma coisa que eu já dei por finalizada? Já não diz o ditado? "Águas passadas não movem moinhos". A água que passou em baixo da ponte, foi embora, "Inês é morta", já era, c'est fini, que abrasileirado ficaria "zefini". Então, a conclusão é, gastamos a maior energia quântica, eólica e fluvial, pra colocar um ponto final numa situação, e como quem não quer nada, alguém vem, abre o baú da infelicidade, justo quando você estava quase terminando de catar seus cacos, e quer tirar toda maledetta história lá de dentro. E a história tem cheiro de mofo, tenha dó. Eu acredito em duas premissas. A primeira é aquela que diz que você não pode colar os cacos da taça de cristal baccarat e querer que ainda seja a mesma coisa, ou você aceita que ele está rachado e bebe vinagre nele desse jeito mesmo, ou você compra outra taça. sempre lembrando que o cristal baccarat é caro. Talvez deva ser por isso que as pessoas queiram remendá- los. Mas, um remendo sempre vai ser um remendo. A segunda premissa é aquela que diz que se você for esperto, não vai futucar a ferida que está cicatrizando, pois ela está numa onça e sua vara é curta. A ferida, quando está cicatrizando, já nem dói tanto, mas se você tirar a casca, ela sangra e a onça... bom, a onça tem um limite de paciência bem rígido. Então eu me pergunto novamente, ignorando que temos crianças mimadas dentro nós. As pessoas são burras? As pessoas são burras. Qualquer ser humano com qualquer nível de inteligencia, seguiria em frente. A menos que, a sua consciência esteja te agredindo verbalmente. Esse texto está ofensivo, nossa, não gosto de escrever na ofensiva, eu sei que a maioria das pessoas, na verdade não tem a menor noção da bagagem que trazem pros relacionamentos delas, mas, o fato é, ninguém que atravessa nossas esquinas tem culpa daquilo que escolhemos ser e fazer, não é justo danificar os sentimentos de alguém só por que você não sabe lidar com os seus. A vida bem pode nos impôr coisas, como eu bem sei agora, mas eu falo por mim quando digo que sempre vou me esforçar pra explicar pra quem está no meu barco o seguinte: "Não sou perfeita, tenho defeitos, já me magoaram pra caramba e as vezes tenho chulé, por que sapato de couro dá chulé sim, mesmo se ele for caro!". Enfim, faz uns bons meses que eu testei a teoria do "siga daqui por diante", essa teoria descartava o "passado inteiro", permitindo apenas uma pincelada pra quem quisesse saber algo. Eu já estava meio cansada, e não deu certo de todo jeito. As pessoas precisam saber de onde viemos, elas tem essa necessidade, até pra definirem se querem ou não se juntar a nós, e elas têm todo o direito de seguirem o caminho delas, contanto que não voltem querendo mexer no baú da infelicidade onde trancamos nossa história triste. E é nessa hora que viramos meninos e meninas. O menino fica implicando com a menina, até que ela faz o quê? Ela chora. E o mesmo acontece com o menino se a menina mexe nos carrinhos dele... com o tempo ele cansa, e também chora. Estão vendo!? É inútil! É tão fútil voltar ao passado. É tão fútil viver nele. 

27 de dezembro de 2014

Algum destino




Os olhos estavam fixos em algum lugar do futuro. Ela olhava impaciente para a porta, a porta pelo qual seu destino entraria. Sua mente passeando por lugares que ela nunca foi. E ela se rendeu sem se dobrar, aos sonhos tão bem elaborados, sem nem se quer desconfiar que o destino a tinha em outros planos. E a luz continuava entrando pela porta, o sol aquecido entrava com a leve brisa do som de mais uma manhã. Pequenos feixes de luz encharcavam seus olhos recém acordados, feixes brilhantes e coloridos enchiam o quarto de luzes multicoloridas. Era possível ver em sua estante todos os livros que ela não leu e todas as coisas que ela escreveu. E era possível vê- lo bem ali encostado na porta, sorrindo. O destino havia lhe preparado nada mais do que uma maravilha. Algo que a fazia pensar que aquela vida existia sem existir. Algo que ela nem se quer podia em mil anos mostrar totalmente em gestos ou palavras. Algo só dela, só dele.

23 de dezembro de 2014

Chupa que é da Lua! (cheia de boas intenções)

As vezes a gente tem que perder. Eu tinha terminado de vez com meu exnamorado no ano retrasado, e pra ser sincera estava doendo. Porque perder dói. Não dava mais certo. Ele até que é um cara legal. Mais a coisa toda não estava funcionando. E a gente tem que dar um braço a torcer nessas horas. Porque as vezes as coisas não funcionam, nunca funcionaram, e a gente achava que encaixava, mas estávamos cegos sufocados demais tentando fazer dar certo. E um dia, por mais que você ame, você precisa de ar. Eu não sei vocês, eu detesto qualquer coisa que me incomode. Guarde bem o que vou descrever hoje. Não se trata de uma história qualquer. Se apaixonar é algum efeito colateral que uma pessoa nos causa, e dói, senhoras e senhores, descobrir a paixão, dói. Você já viu alguém apaixonado, é feio de se ver. Ao longo desses meus 28 anos, eu posso dizer duas coisas sobre me apaixonar. A primeira inclui um pedido de namoro, rosas, e 8  meses  depois, um término complicado, uma nova tentativa de acerto e 10 meses após o segundo término, mais um ano complicado e após o terceiro término a declaração dele: "era pra você ser a minha mulher pra sempre"E me acho sensata, pelo menos pra não errar uma quarta vez com a mesma coisa. O que seria total e completa burrice. Fui viajar logo depois. Duas melhores amigas fantásticas que não foram comigo me fizerem sentir querida mesmo de longe, e o mar estava lá né, molhando meus pés. Não dá pra esquecer uma perda da noite pro dia. Não se pode trancar alguém numa caixa e fingir que o passado se apagou. As pessoas que entram em nossas vidas, nos mudam. As vezes o simples fato de estarem respirando, é importante pra nós. E deixar de ter essas pessoas em nossa vida, machuca. O engraçado é que eu não chorei. Até hoje. Não chorei por ele. "minhasegunda coisa que eu posso dizer sobre paixão é aquele silêncio que se segue da parte de alguém, por quem você se apaixonou e talvez nunca mais vá ver, ouvir ou tocar, porque ele simplesmente pode não estar apaixonado, então não vai fazer diferença ele dizer, bom dia ou boa noite. São duas verdades pra um único dia onde seus 27 se transformam em 28. Se eu tenho vergonha de publicar o texto? Muita. EU ADMITO. Se estou furiosa? Não. Eu só gostaria que ambos soubessem que nem tudo foi sempre tão fácil. E essa semana eu pensei nisso de perder, pensei muito forte. Eu não sou obrigada a gostar disso sou? Quero dizer, perder coisas e pessoas. Não preciso ficar sorrindo, certo? Eu nunca sei o que as pessoas esperam de mim e as vezes as pessoas que mais amamos, são as que nos punem porque elas acham que fizemos algo errado e porque têm medo de nos perder. Complexo não? E as vezes elas nos punem, por que na verdade estão punindo a elas mesmas.  
Talvez nós precisemos de um minuto de silêncio pra analisar a questão. 
(1minuto depois) 
Se você quer namorar, noivar feat casar com alguém, você tem que ter algumas coisas em mente. Me dá um crédito, pensei muito nisso. Não, só pra esclarecer, tenha em mente, não no coração. Na mente. Não, eu não sou especialista, graças a Deus. E não. Quando eu digo que gosto de vestidos de noivas e festas de casamento, não necessariamente quer dizer que eu espere da vida exatamente isso, e não necessariamente quer dizer que não estaria satisfeita se eu conseguisse construir uma relação forte a esse ponto. E é disso que eu quero falar. De consecução, barcos e pontes. Você sabe o que significa consecução? Vamos lá, não se acanhe, gracinha! Consecução quer dizer conquista, mas eu vou usar a palavra no significado antigo, quando ela designava o tempo em que a lua levava pra realizar uma revolução completa. Eu explico. Nada mais é do que a lua e suas fases. Quando nós conhecemos aquela pessoa, que vou chamar de "the One", a única, o nosso mundo dá uma paradinha, coisa de meio segundo, e sua mente já sabe o que seu coração meses mais tarde tentará negar com todas as forças, ou não. Quando essa coisa toda é correspondida, a lua começa a girar em torno da terra na velocidade de 27 dias 7 horas e 43 minutos. Sim, gracinhas, apaixonar- se é uma coisa muito gravitacional, ops desculpe, gradativa. E vamos lá, quem nunca? Eu já, e tu também. O medo de perder, todo mundo tem. Mas vamos ser sinceros, a Lua deixa de brilhar por que o sol está de "lua virada". Se apaixonar é humano e cabível, está para o sistema solar, assim como a lua está para o sol. É cheio de fases, as pessoas vão te estranhar, você vai se achar estranho, mas e daí? Não foi o Fernando Pessoa que disse que tudo vale a pena? Dá uma esticada na alma meu bem, e vive. Eu digo por experiência própria, que é difícil soltar os remos e deixar o barco navegar, mas concordo que pode valer a pena se o mar navegado for de águas claras. Exija clareza, seja clareza, fale o que tiver que falar, com ou sem respeito, permaneça fiel, respeite, mesmo que seja apenas respeito mesmo, e ame quando for a hora certa. Um minuto de silêncio a parte e um Feliz Natal, todos merecem. Além de um final feliz pras suas perdas e seus temores. Todos merecem, não o conto de fadas, mas a beleza de uma realidade segura, dentro do cabível. E sorriam, vocês estão sendo filmados. Tem lua hoje, por falar nisso?? E uma nota explicativa da autora, vulgo eu, terminar esses dois relacionamentos, foi saudável pra mim, logo, perder, tem suas vantagens. Pense nisso. BJus 
 

22 de dezembro de 2014

A vida que te carregue!

Eu ia dizer pra não levar as crianças se você for fazer compras. Elas são pequenininhas e não entendem o movimento que é diferente do movimento da loja de brinquedos. E o calor, é massacrante, elas choram, ficam enjoadinhas, é bom evitar. Agora, por que eu estou escrevendo sobre crianças? Talvez eu queira uma ou duas pra mim. Não tem uma hora que a vida faz um chamado e parece que você está na contramão? Pois bem. A contramão é um verdadeiro saco. A vida grita uma coisa com você e você grita outras com ela. E o que acontece? Frequentemente a vida ganha e levamos aquela pequena e significante rasteira, e não, eu não estou grávida, calma! Ainda falta um pai... o que eu considero o mais difícil de organizar. Como funciona? Você tem que estar no momento certo, a pessoa tem que estar no momento certo, os dois precisam querer estar juntos sem se matarem e enfim, isso cansa, não? Na teoria é uma porcaria, mas é assim que acontece. E, enquanto eu escrevo, tem uma mulher do meu lado (bom material), ela está gritando ao celular, sobre a raiz do cabelo dela. E, ela está esperando pelo marido. E eu acabei de pensar que, além de não levar as crianças pras compras, eu não vou falar da raiz do meu cabelo enquanto espero o homem. Jesus! Quem precisa saber que a raiz do meu cabelo me condena? Embora, eu de fato não tenha mesmo que me queixar da raiz do meu cabelo, por que meu cabelo é liso. Deixa eu retomar o foco. Eu estava falando sobre a vida nos dar uma rasteira. É possível estar tão totalmente imersa na minha própria vida e a vida me apresentar outra história, assim, de repente? As pessoas têm que estar prontas, meu Deus do céu! Eu não to pronta, ou estou? Como sabemos disso? Eu sempre tive curiosidade pra saber o que unia as pessoas dessa forma... e eu sempre achei que o final da sentença era o amor. Ou seja, é o amor que vai fazer minha mãe se deslocar da casa dela pra ir ao médico comigo, só por que eu tenho medo. Assim como é o amor que faz a outra mãe deixar seu menino na escola todos os dias, e é o amor que faz a noiva dizer sim para o noivo. Mas será? Será que o amor vai ser suficiente pra que eu deixe meus filhos em casa ao invés de leválos às compras? Será mesmo que o amor vai ser suficiente pra que eu reconheça nos olhos do homem da minha vida que eu realmente devo me casar com ele? E será mesmo, que eu vou saber quem é ele? E se ele for o homem da minha vida em outro momento? Quer mesmo saber? Tudo que eu sei é que eu não quero fazer parte de um casal chato, com crianças chatas, fazendo compras de natal, me arrastando pela cidade em pleno "quente" verão, de alguma forma eu sei que não vou conseguir finalizar esse texto, o que é raro, então, Bjus Bjus.

19 de dezembro de 2014

Então é Dezembro...

Calor, verão, vestido, cabelo preso e aquela pressa característica de Dezembro. Não sei, mas Dezembro é tudo pra mim, menos corrido. Foi o que eu pensei assim que saí da loja de ferragens onde comprei pregadores de roupa. E tem aquela coisa no ar, não sei, é um ar diferente dos outros meses, Dezembro é sempre suave, por mais corrido que seja, Dezembro sempre parece Setembro pra mim... Mas eu nem ia falar disso. Eu ia falar daquelas coisas que simplesmente acontecem inesperadamente, as vezes falta isso na vida. Falta inesperado e inconsequente, falta surpreendente e maravilhoso. E as vezes parece com o mês de Março, sem feriado. As vezes a vida fica parecendo meia estação, aquilo que a gente nunca sabe se deve levar casaco ou sair só de camiseta. Comigo acontece mais do que 15 vezes na vida. Quando envolve relacionamentos então... Alguns relacionamentos são como estações do ano, uns são frescos como a brisa do verão e quentes... outros são suaves e coloridos como a primavera, outros são secos e gélidos como o outono, e outros são demorados como o inverno. E todos nos preparam pra viver. É o que dizem. Preparar pra viver... mas preparar pra viver o quê, se a vida é o agora? "Lá na frente você vai entender", "é experiência", "alguém vai precisar do que você aprendeu com essa situação", e eu poderia enumerar diversos jargões relativos. Mas espera aí?! Cada caso é um caso e cada pessoa é uma pessoa. Nem tanto, nem tão pouco. A vida é um ciclo. E no meio desse ciclo, as vezes é bom ter Dezembro sem correria, ou Dezembro como um borrão, pra poder entender o quadro geral. E eu sei que vai soar estranhíssimo, mas as vezes é legal pôr a vida num quadro, mesmo que apenas dentro da mente, e é bom parar de frente pra esse quadro e dar uma olhada nos horários, nas escalas, nas demandas, nas coisas, nas pessoas. E é bom, acima de tudo, olhar o próprio reflexo no quadro geral, só pra ver se tudo combina com você. As vezes nós queremos nos vestir com situações que não nos cabem, como o último vestido da coleção de verão, exclusivo, que é 36, sendo que seu manequim é 38. olhando de longe nem dá pra ver a costura justíssima, mas olhando de perto, nota- se o ridículo. E as vezes a vida é como aquele vaso ornamental clássico, no meio da sala de estar rústica. Completude zero, por que as vezes temos o ideal, na hora errada. Nem sempre a nossa música preferida virá acompanhada do parceiro de dança ideal. E as vezes a vida é como o dia do nosso aniversário, cheia de presentes, cheia de sorrisos. E eu queria saber se tem alguma fórmula pra que o inesperado nunca se espere, alguém conhece a fórmula? Estão vendo, nem falei palavrão hoje, sinal de que a maré tá tranquila. Dá até pra tirar aquele cochilo depois do almoço, não dá? Enfim, Dezembro tem cheiro de Natal e está no marasmo. Alguém me salva? Brincadeira, não salva não, deixa rolar assim, pra não estressar. Vamos colocar os vasos Ming no lugar, vamos vestir nossos trajes de gala tamanho 38 e partiu fazer festa em Março, por que é Dezembro, é verão e tá tranquilo! Bjus